Exportações do Paraná batem novo recorde

O Paraná bateu um novo recorde histórico em suas exportações em fevereiro, quando as vendas externas chegaram a US$ 405,6 milhões, valor 31% maior que o obtido no mesmo mês de 2002. As importações totalizaram US$ 230,8 milhões, o que gerou um superávit comercial de US$ 174,8 milhões.

Os dados foram divulgados pela Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul e revelam, ainda, que o saldo da balança paranaense no acumulado do primeiro bimestre do ano chegou a US$ 357,9 milhões, valor 400% superior ao resultado alcançado no mesmo período do ano passado.

Com o bom desempenho da sua balança comercial, a participação do Paraná no superávit brasileiro passou a ser de 15,6%. A alta da cotação do dólar e a recuperação da economia argentina – que passou da 13.ª posição para a 4.ª posição no ranking dos maiores compradores dos produtos paranaenses – são algumas das principais razões.

Mercosul

A elevação das importações da Argentina foi de 217% em comparação com os resultados de 2002. A participação dos argentinos colaborou para que o intercâmbio entre o Paraná e o Mercosul voltasse a ter um superávit mensal, o que não ocorria desde fevereiro de 1999.

As estimativas da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul são de que o comércio com a Argentina deve aumentar ainda mais nos próximos meses, já que a produção industrial do país cresceu 17% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado.

Este aumento segundo a Coordenadoria de Assuntos do Mercosul da secretaria, -deve fazer também com que as relações comerciais com o Uruguai e o Paraguai sejam incrementadas, fortalecendo as relações paranaenses com o Mercosul.

Outro destaque são os novos mercados. Em relação às exportações de fevereiro do ano passado, em 2003 as exportações para a Rússia cresceram 96,42%. Também houve incremento para Angola (388%), Hong Kong (325%) e México (195%).

Ainda de acordo com a Coordenadoria de Assuntos do Mercosul, países como a Tailândia e o Senegal ainda devem aparecer com mais freqüência entre os principais destinos para os produtos paranaenses. Entre os produtos mais exportados pelo Paraná em fevereiro estiveram os automóveis, motores, carne de frango, carne suína e tratores.

Perspectivas

“Analisando o crescimento das exportações do Paraná no primeiro bimestre de 2003 e fazendo um comparativo com as tendências de variação mensal de 2001 e 2002, a estimativa é que as exportações paranaenses podem chegar a US$ 6,5 bilhões no final de 2003, um aumento de aproximadamente 15%”, calcula o coordenador de Assuntos do Mercosul, Santiago Gallo.

“Ainda é cedo para fazer uma análise do impacto da guerra dos EUA contra o Iraque no comércio exterior brasileiro e paranaense, mas possivelmente haverá efeitos já na primeira semana de abril e aí teremos uma previsão mais exata de como ficará nossa economia”, analisa Gallo.

Apoio às microindústrias

Exportar alimentos já industrializados é a proposta do secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, padre Roque Zimmermann. A idéia é que, através do Banco Social, a secretaria estimule a criação de microindústrias de transformação de alimentos. “É o pequeno empreendedor que gera empregos”, defendeu padre Roque. Para que esse projeto seja implantado, a Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social pretende estabelecer parcerias com as prefeituras do interior do Estado.

Padre Roque conversou com dezenas de prefeitos durante toda esta semana, quando visitou 15 cidades do Estado. O secretário pediu aos prefeitos que possibilitem a instalação de um posto do Banco Social em seus municípios. “A instalação de pequenos negócios irá trazer dinheiro e impostos para essas cidades”, declarou. Para instalar um posto do Banco Social, é preciso procurar os escritórios regionais da secretaria.

O secretário também prometeu que irá lutar para baixar os juros e melhorar as condições de concessão de crédito. “Vamos financiar, inicialmente, R$ 5 mil para empreendedores individuais e R$ 25 mil para grupos. Quem pagar o empréstimo poderá receber um novo crédito de 50% a mais”, explicou.

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