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Exportações de máquinas vão superar US$ 10 bi em 2018, prevê Abimaq

A direção da Abimaq, entidade que representa a indústria nacional de máquinas e equipamentos, projetou nesta quarta-feira, 28, que as exportações do setor devem passar de US$ 10 bilhões neste ano – US$ 1 bilhão a mais do que em 2017 – no embalo do crescimento dos Estados Unidos e da Europa, destino de mais da metade dos embarques dessa indústria.

Durante a apresentação dos resultados de janeiro, quando as exportações de máquinas e equipamentos do Brasil cresceram 84,4% no comparativo interanual, o diretor de competitividade da Abimaq, Mário Bernardini, disse que, ainda que o câmbio não seja muito “remunerador”, o foco nos mercados internacionais segue intenso por conta da retração observada nos últimos anos no consumo interno. “Quem não tem cão, caça com gato”, comentou o dirigente da Abimaq.

“As exportações estão crescendo em razão da forte demanda dos países desenvolvidos. Os Estados Unidos continuam em crescimento e a Europa está em recuperação. Esses fatos somados aumentaram muito a demanda externa”, afirmou Bernardini.

Segundo João Carlos Marchesan, presidente do conselho de administração da Abimaq, a indústria estaria melhor se a cotação do dólar estivesse na faixa de R$ 3,60 a

R$ 3,70 – o que permitiria maior competitividade dos produtos brasileiros -, mas ainda há grande esforço do setor para continuar exportando.

A entidade reforçou hoje a expectativa de a indústria nacional de bens de capital voltar a crescer perto de dois dígitos neste ano. Divulgada no mês passado, a previsão é de aumento entre 5% e 10% do faturamento após cinco anos seguidos em queda.

Apesar disso, os diretores da Abimaq informaram que o faturamento do setor está 46% abaixo da média de 2010 a 2013, quando as vendas de máquinas tiveram seu melhor momento.

A direção da entidade considerou ser prematuro avaliar se o crescimento das importações registrado no mês passado seria um sinal de substituição de produtos nacionais. Bernardini disse, porém, que há uma preocupação de que, na retomada dos investimentos dos clientes na indústria, os pedidos sejam direcionados a importações de equipamentos.

“Temos essa preocupação porque o câmbio não está competitivo. O câmbio serve hoje de subsidio à importação e anula a proteção alfandegária”, assinalou o diretor de competitividade.

A entidade, conforme informado na apresentação do balanço de janeiro à imprensa, está finalizando um documento com propostas de politicas industriais a ser encaminhado aos potenciais candidatos das eleições para Presidência da República marcadas para outubro. Outro conjunto de propostas será enviado para candidatos de cargos legislativos.

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