O comissário europeu para relações econômicas, Olli Rehn, elevou o tom de urgência por uma resposta da União Europeia (UE) à crise de dívida soberana. Em entrevista à imprensa, em Helsinque, ele disse que existem discussões para antecipar os planos sobre o fundo de resgate permanente da região.
Segundo Rehn, os problemas dos bancos europeus são na maior parte relacionados à crise de dívida soberana, somada ao lento processo de tomada de decisão na zona do euro. Para ajudar a acelerar o processo, Rehn sugeriu mais cooperação política.
Por exemplo, estão havendo conversas sobre antecipar a introdução do veículo de resgate permanente da zona do euro, o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), prevista para meados de 2013, segundo Rehn. Até a reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) realizada em setembro, Rehn e outras autoridades europeias ainda defendiam o cronograma original.
A adoção antecipada do ESM é significativa porque levaria os países a uma reestruturação compulsória da dívida. A Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), em contraste, envolve a participação voluntária dos credores privados em reestruturações de dívida.
Rehn pediu que os países membros pressionem seus bancos a fortalecerem seus balanços financeiros e disse esperar uma solução sobre a recapitalização das instituições nos próximos dias. “Estou confiante de que a cúpula da zona do euro e o Conselho Europeu serão capazes de tomar uma decisão em meados de outubro sobre como uma Europa coordenada pode ajudar a acabar com a falta de confiança em relação à capitalização dos bancos”, declarou.
A autoridade afirmou também que a Comissão Europeia está preparando um relatório sobre alternativas à introdução de bônus da zona do euro, ou eurobônus, que deverá ser apresentado até o fim deste mês. As informações são da Dow Jones.