EUA perdem fôlego sob efeito da crise da dívida

A economia dos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado no primeiro semestre e sob a ameaça dos efeitos de uma grave crise da dívida. O Escritório de Análises Econômicas divulgou ontem o crescimento de apenas 1,3% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre – 0,5 ponto porcentual menor do que o previsto pelo mercado. Também reviu para baixo, de 1,9% para 0,4%, o resultado do PIB entre janeiro a março deste ano.

O desempenho frustrante e o prazo de menos de quatro dias para o Congresso diluir suas resistências internas a um acordo bipartidário sobre o teto da dívida levaram o presidente americano, Barack Obama, a mais uma dura cobrança aos parlamentares. “O poder para resolver isso está nas nossas mãos neste dia em que fomos lembrados o quão frágil nossa economia ainda está”, afirmou Obama, ao alertar para o desperdício de tempo.

No fim da tarde de ontem os deputados republicanos conseguiram superar parte das discordâncias internas e aprovaram o projeto apresentado pelo senador John Boehner, presidente da Câmara dos EUA, para reduzir o déficit orçamentário e aumentar o teto da dívida. Porém, a vitória do Partido Republicano teve vida curta, pois o projeto de lei foi rejeitado pelo Senado, de maioria democrata.

A dificuldade para qualquer outro projeto passar pela Câmara ficou clara na aprovação do texto de Boehner, por 218 contra 210. A bancada republicana tem 247 deputados, mas 22 votaram conta o pacote. Nenhum dos democratas apoiou Boehner. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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