EUA indefinido quanto à decisão da OMC

Brasília – A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Donna Hrinak, disse ontem, na Câmara dos Deputados, que seu país ainda não tem uma posição oficial sobre a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), que na semana passada divulgou um comunicado afirmando que a sobretaxação do aço nos Estados Unidos viola as leis internacionais. Hrinak disse que o protecionismo ao produto nunca foi um consenso em seu país e que a decisão serviu de alerta para a rediscussão do tema pelos países produtores. Segundo ela, é preciso racionalizar a produção de aço e criar uma nova arquitetura do comércio mundial do produto.

“A questão do aço e do protecionismo nunca foi consenso dentro dos Estados Unidos, mas serviu de alerta para que fosse rediscutido pelos países produtores para disciplinar o comércio internacional do aço. A decisão mostra a importância de uma arquitetura do comércio externo”, afirmou.

Segundo ela, o governo norte-americano começou a sobretaxar o aço importado porque havia uma concorrência muito forte no setor, inclusive do Brasil.

“Ironia para o Brasil, que no ano em que os Estados Unidos foram punidos pela OMC as exportações de aço brasileiras foram um recorde.”

De acordo com a OMC, os Estados Unidos violaram as regras do comércio internacional e os países prejudicados podem pedir uma compensação ou impor sanções contra as importações de produtos americanos se for mantida a sobretação de até 30% do aço.

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