Estudo do IBGE mostra emprego industrial em recuperação

Em outubro, o emprego industrial apresentou expansão de 0,4% frente ao mês anterior, a segunda consecutiva neste tipo de comparação. Em relação a outubro de 2001 a redução foi de apenas 0,1%. O acumulado do ano ficou em -1,2%.

De acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento de 0,4% entre setembro e outubro deste ano foi generalizado, com dez dos quatorze locais e treze dos dezoito setores industriais pesquisados ampliando o contingente de trabalhadores. O setor de refino de petróleo e produção de álcool (-6,7%) teve a maior queda. As principais expansões vieram de máquinas e equipamentos (exclusive elétricos) (2,4%), produtos de metal (1,7%) e borracha e plástico (1,6%). Os dois primeiros setores foram os principais responsáveis pelo crescimento do emprego na indústria paulista (0,5%), onde ocorreu o maior impacto positivo.

Santa Catarina (0,9%) teve a segunda melhor participação, enquanto que Pernambuco apresentou a maior taxa (1,8%) devido às contratações para o processamento da safra de cana-de-açúcar. A maior pressão negativa veio da queda de 0,4% assinalada pelas regiões Norte e Centro-Oeste, em razão, sobretudo, do impacto do final da safra de cana-de-açúcar sobre a mão-de-obra industrial local.

Na comparação entre outubro de 2002 e o mesmo mês no ano passado, a taxa de -0,1% apresentou-se como a redução menos acentuada do ano. Dentre as cinco áreas em queda, São Paulo (-2,4%) e Rio de Janeiro (-3,0%) responderam pelas principais influências negativas. Já entre os setores, os maiores impactos negativos no resultado global vieram de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,0%) e outros produtos da indústria da transformação (-6,4%). As principais contribuições positivas vieram de alimentos e bebidas (5,2%), refino de petróleo e produção de álcool (35,0%) e máquinas e equipamentos (exclusive elétricos) (7,2%), sendo que, regionalmente, destacaram-se Santa Catarina (4,6%) e região Norte e Centro-Oeste (5,2%).

No indicador acumulado janeiro-outubro, a redução de 1,2% refletiu os desempenhos adversos de sete locais – principalmente os de São Paulo (-3,2%) e Rio de Janeiro (-5,2%) – e de quatorze segmentos, dos quais destacam-se máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,5%), setor que vem exercendo a principal pressão negativa no resultado global. Por fim, o indicador de médias móveis trimestrais mostra uma discreta tendência ascendente, após um período de virtual estagnação, com o trimestre encerrado em outubro assinalando uma elevação de 0,5% frente a setembro.

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