Estímulo para o emprego será lançado este mês

Brasília – O programa Primeiro Emprego, uma das principais bandeiras de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai se transformar em realidade até o fim deste mês. O governo quer fazer o lançamento do programa em grande estilo. A meta é empregar 400 mil adolescentes por ano. O governo vai atacar o desemprego que atinge dois milhões de jovens dos 16 aos 21 anos, em quatro grandes frentes. Um projeto do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, que está no Congresso desde 1999 e prevê renúncia fiscal de R$ 120 por empregado, servirá de inspiração para um dos projetos que serão implantados. Os salários vão variar entre R$ 200 e R$ 525.

Pelos cálculos iniciais do governo, todos os programas exigirão um desembolso de R$ 500 milhões, mas o valor poderá ser revisto em função do arrocho fiscal. Organismos multilaterais vêm sendo acionados para ajudar a financiar os projetos.

? Estamos tentando ver a melhor forma de não desequilibrar a arrecadação e não prejudicar as empresas ? disse um técnico do Ministério do Trabalho.

Um dos programas, que deverá ser entregue a Lula em reunião ministerial desta segunda-feira, vai ser direcionado a recém-diplomados em atividades na área rural. O Ministério da Agricultura, em parceria com o do Trabalho, vai conseguir o primeiro emprego para diplomados em áreas de agronomia, veterinária, engenharia florestal, que darão assistência a produtores rurais. O salário será de R$ 525, e o custo do programa é de R$ 10 milhões, valor que, segundo o Ministério da Agricultura, já foi negociado com as empresas que vão financiá-lo.

A idéia é beneficiar, em um primeiro momento, 500 jovens. O proprietário rural dará, além do salário, moradia e a comida ao bolsista. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, já entrou em contato com diversas empresas de dentro e fora do País e teve a garantia de empresários japoneses que vão colaborar com o projeto.

Outro programa do primeiro emprego será o de agente comunitário, que vai atender a jovens que receberão um salário mínimo (R$ 200), durante seis meses, para trabalhar como agentes do programa Fome Zero e executar tarefas comunitárias como a distribuição de alimentos. O projeto-piloto será na periferia de Salvador, terra do ministro do Trabalho, Jaques Wagner, e que tem um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as metrópoles brasileiras. Outra frente: a ampliação do programa Jovem Aprendiz, espécie de estágio que as empresas dão a jovens de 14 a 21 anos.

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