Energia renovável passará para 69% da matriz paulista

O governo do Estado de São Paulo prevê ampliar a atual fatia de energia renovável na matriz energética paulista de 55,1% para 69% até o final da década. A meta faz parte do esboço do Plano Estadual de Energia, entregue na quinta-feira ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) pelo secretário de Energia, José Aníbal.

O plano é a principal medida para cumprir a lei estadual de mudanças climáticas aprovada em 2009. A lei prevê, para 2020, a redução nas emissões de gases de efeito estufa em 20% sobre as emissões de 2005.

De acordo do Aníbal, para atingir a meta de energia renovável, a participação da energia cogerada a partir do bagaço de cana-de-açúcar terá de saltar dos atuais 33,5% para 46% ao final da década. “A expectativa é termos uma Itaipu de energia cogerada em São Paulo”, disse Aníbal, durante seminário do setor sucroenergético, em Sertãozinho (SP).

Aníbal cobrou uma ampliação na interlocução entre o setor e o governo e criticou o avanço da energia eólica no País. “As empresas europeias amargaram prejuízos e entupiram o País com as eólicas. Com isso, 75% do leilão de energia nova ficou com elas”, afirmou.