Avaliação positiva

Encontro com Dilma não tratou sobre “bombas fiscais”, diz Marco Maia

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que no jantar de ontem com a presidente Dilma Rousseff o prato principal foi uma avaliação positiva da economia brasileira e do desempenho da base aliada nas eleições municipais. As polêmicas e um eventual desgaste por projetos com “bombas fiscais” ficaram de fora.

O petista afirmou que Dilma confirmou que para reforçar o crescimento da economia haverá o aumento de investimento em infraestrutura. “São todas as medidas para estimular a economia, a retomada de investimentos na área de infraestrutura, com vários projetos que estão sendo gestados para serem articulados, em portos, aeroportos, rodovias e trem”, disse.

Maia disse que há uma preocupação do governo com o “gastar bem e colocar o Estado brasileiro como indutor do crescimento”. Segundo ele, a presidente não detalhou quais as novas medidas que serão utilizadas para aquecer os setores da economia, mas reconheceu que há ações que serão tomadas em breve.

Na semana passada, após a Câmara colocar na pauta de votações matérias com impactos nas contas publicas, como a redução da jornada de trabalho dos enfermeiros, o governo atuou para bloquear a análise de projetos polêmicos. Para acalmar os ânimos, Dilma telefonou para Maia e o chamou para o jantar. Ele nega que a “pauta bomba” tenha motivado o encontro e que exista uma pressão por cargos e liberação de emendas.

“Ela teve e terá toda tranquilidade para tocar o governo nos próximos dois anos e meio. Vamos trabalhar para garantir a governabilidade”, afirmou. Maia disse ainda que Dilma pediu uma avaliação sobre as eleições municipais de outubro. Ela teria reiterado que não pretende participar ativamente do pleito.

“A avaliação foi positiva para a base de sustentação do governo que deve disputar e ganhar a grande maioria das capitais, especialmente com municípios com mais de 200 mil habitantes.” Ele minimizou o racha entre PT e PSB, que romperam em Belo Horizonte e em Recife. “Não há há nenhuma crise, nenhum problema com o relacionamento do PSB. É natural que haja problemas em alguns municípios.”
Também participaram do encontro a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).