Empresas ajudam a manter grau de investimento, diz S&P

A diretora da S&P Capital IQ, Julyana Yokota, disse que muitas companhias brasileiras se encontram bem posicionadas e fizeram o dever de casa, fortalecendo suas operações, e que isso contribui para a manutenção do grau de investimento do Brasil. A S&P Capital IQ é um dos braços da Standard & Poor’s, provedora de classes de ativos múltiplos e dados em tempo real.

Segundo Julyana, as emissões brasileiras para projetos de infraestrutura no exterior têm apresentado um descompasso em relação à moeda. “O prazo maior dificulta o funding para os projetos de infra, baseado em reais. Por isso, parte do funding é patrocinado pelo BNDES. O mercado de capitais deveria ter um papel importante. A infraestrutura é um problema hoje para o desenvolvimento brasileiro”, observou ela, que participou do painel “Estratégias de Funding entre Fronteiras” no Fórum de Emissores e Investidores da LatinFinance.

O CFO do Banco Daycoval Morris Dayan disse no mesmo painel que a estratégia do banco é continuar diversificando seu funding e comentou que durante o roadshow realizado no início de março para a captação de US$ 500 milhões ao prazo de sete anos, percebeu os investidores muitos pessimistas em relação ao País. “Fomos recebidos com pessimismo com o Brasil; investidores estavam preocupados com a política e com os bancos”, disse Dayan. Ele afirmou também que para o banco as captações no exterior são mais caras mas que o funding a um prazo mais longo é importante.

Dayan acrescentou que o custo do hedge da emissão recentemente feita foi favorável. Segundo ele, em 2012, apesar da grande demanda dos investidores e do apelo dos bancos de investimento para as captações no exterior, o custo estava em patamares não acessíveis.

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