Empresários criticam baixo crescimento da economia no Real

O setor empresarial aprova muitos dos ganhos obtidos com a estabilidade no Plano Real, mas critica duramente o parco crescimento da economia, principalmente em 2001 e neste ano, provocado pela ênfase dada pelo governo à manutenção da estabilidade monetária e ao controle da inflação, em detrimento de ações que acelerem a atividade econômica.

No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1 51% e em 2002 deverá ficar na casa de 2%, segundo estima o Banco Central (BC).

Os empresários concordaram que a estabilidade será um dos temas centrais da campanha eleitoral deste ano, tanto por parte do candidato do governo quanto por parte dos da oposição. ?Todos os candidatos têm de ser a favor da estabilidade, que será sempre uma moeda de campanha?, diz Clarice Messer, diretora de pesquisas e estudos econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). ?Só não pode ser a única?, ressalta ela.

Um dos empresários mais críticos em relação ao crescimento da economia é Mario Bernardini, também dirigente da Fiesp. Para ele, o que se conseguiu com o Plano Real foi uma estabilidade de preços, não da economia. Segundo ele, essa estabilidade também está ?ancorada em terrenos duvidosos, não é de longo prazo?.

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