O Tribunal de Contas da União condenou Kou Takahashi, ex-presidente da empresa Cooperativa Agrícola Mista de Alvorada do Sul (Camas), no Paraná (PR), e Reynaldo Dias de Moraes e Silva, responsável pela empresa Ateai-Projetos Ltda., ao pagamento de R$ 139.338,37. A decisão decorreu de irregularidades na aplicação dos recursos repassados por convênio, firmado entre o Ministério da Agricultura e Reforma Agrária e a Camas. O acordo previa o desenvolvimento de estudos para a elaboração do projeto de viabilidade técnica, econômica e financeira para implantação de unidade industrial de produção de fios de algodão com tecnologia italiana no município.
Foi constatado que os estudos do convênio já haviam sido elaborados anteriormente pela Ateai, mesma empresa que acabou sendo beneficiada com os recursos. Além disso, outras cooperativas executaram o mesmo projeto, na mesma época. A Ateai havia firmado contrato com a Camas em dezembro de 1989, cujo objeto era igual ao do convênio. Se os estudos já estavam prontos, significa que não houve a aplicação dos recursos na finalidade estabelecida.
IrregularidadeTakahashi confirmou a irregularidade. Ele afirmou que recebeu os recursos do convênio em dezembro de 1991 e transferiu o valor para a Ateai em janeiro de 1992. Segundo o ministro Ubiratan Aguiar, relator do processo, esse intervalo de tempo é obviamente insuficiente para produzir o extenso documento. Takahashi ainda assumiu que os recursos foram utilizados para que a Camas saldasse um débito com a Ateai.