Emprego industrial do PR estável e abaixo da média

Mesmo mantendo estabilidade no nível de emprego industrial em março, comparado a fevereiro, o Paraná ficou abaixo da média nacional, conforme a Pesquisa Mensal Industrial de Emprego e Salário (PIMES) divulgada ontem pelo IBGE. No País, a ocupação do pessoal assalariado aumentou 0,34% no mesmo período, com dez dos quatorze locais pesquisados apresentando expansão.

O Paraná teve o quarto pior resultado, superando apenas o desempenho da região Nordeste (-2,8%) e dos estados do Ceará (-0,5%) e Pernambuco (-7,9%). As maiores contribuições para a formação da taxa global vieram da região Sudeste (0,6%), principalmente o estado de São Paulo (0,7%), e a região Sul (1,0%), com o Rio Grande do Sul (1,7%) exercendo a principal influência positiva.

Setorialmente, treze dos dezoito ramos pesquisados aumentaram o total de vagas em março, com destaque para têxtil (1,5%), fumo (15,9%) e calçados e couro (1,2%) como as principais pressões positivas. Os principais impactos negativos vieram dos setores de alimentos e bebidas (-0,8%) e borracha e plástico (-0,5%).

Apesar do incremento na ocupação em relação ao mês anterior, a pesquisa apontou queda nas comparações com março do ano passado (-1,8%) e no acumulado do primeiro trimestre (-1,9%). Novamente, a indústria paranaense figura com índices piores que os nacionais, com retração de 2,3% no acumulado de doze meses e de 2,1% nos três primeiros meses de 2002.

O gráfico de médias móveis trimestrais continua apontando uma trajetória declinante do nível de emprego no Brasil, com o trimestre encerrado em março sendo 1,5% inferior ao encerrado em dezembro. Comparando este resultado com os trimestres anteriores, nota-se que apenas entre o segundo e o primeiro trimestre de 2001 houve crescimento (0,6%), enquanto que, nos demais, os resultados foram: queda de 0,4% entre o terceiro e o segundo e -0,5% entre o quarto e o terceiro trimestres.

Renda

O valor da folha de pagamento do setor industrial não registrou crescimento frente a fevereiro. Em relação a março do ano passado, houve queda de 3,6% e no acumulado do ano, a redução é de 3,0%. Já o valor médio da folha de pagamento diminuiu em todos os confrontos: -0,3% de fevereiro para março, -1,8% em relação a março de 2001 e -1,2% no acumulado para o primeiro trimestre.

No comparativo março 02/março 01, as maiores perdas reais no valor da folha de pagamento ocorreram nas indústrias de São Paulo (-7,7%) e das regiões Sudeste (-5,8%) e Norte e Centro-oeste (-4,0%). O maior aumento real foi verificado no Rio Grande do Sul (7,5%). A folha de pagamento da indústria do Paraná ficou com taxa negativa de 4,7% na variação mensal, 2,5% na comparação com março/01 e de 1,7% nos últimos doze meses.

Horas pagas

Após dois meses registrando queda no indicador mês/mês anterior, houve um crescimento de 3,7% no total de horas pagas entre fevereiro e março. Esse movimento, basicamente influenciado pelo maior número de dias úteis em março frente a fevereiro, foi acompanhado por treze das quatorze regiões pesquisadas. Pernambuco foi o único local que apresentou queda na jornada de trabalho (-6,4%). Na comparação março/fevereiro de 2002 todos os ramos industriais apontaram crescimento da jornada de trabalho.

No Paraná, a quantidade de horas pagas cresceu 2,35% de fevereiro para março. O Estado registra recuo de 2,0% em relação a março 01 e de 1,8% acumulado em doze meses.

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