Emprego industrial cresceu 3% no Paraná

O emprego industrial no Paraná registrou crescimento de 3,0% no mês de agosto comparado ao mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o segundo melhor índice do País, atrás apenas da região Norte e Centro-Oeste, que registrou crescimento de 3,9%. A contribuição positiva no Paraná foi impulsionada por alimentos e bebidas, segmento que registrou variação de 9,7% no Estado e 2,5% no País. Já o índice nacional apresentou queda de 0,9% em agosto deste ano em relação ao ano passado e alta de 0,1% em relação a julho.

Outros setores que influenciaram positivamente o índice no Paraná foram refino de petróleo e produção de álcool (52%) e papel e gráfica (15,6%). Já as quedas ficaram por conta dos setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos (-15,1%), borracha e plástico (-12,3%) e madeira (-3,9%)

No acumulado do ano, o Paraná ocupa a segunda melhor posição (crescimento de 2,7%), atrás de Santa Catarina (3,0%), enquanto o indicador nacional aponta uma taxa negativa de 0,4%. São Paulo (-0,6%) permanece como destaque, dividindo com a região Nordeste (-2,2%) os principais impactos negativos na queda do emprego.

País

A taxa de -0,9% do País foi a quinta negativa consecutiva, conseqüência de reduções observadas em dez áreas e onze divisões. Setorialmente, os ramos que participaram com os maiores pesos negativos na média nacional foram minerais não-metálicos (-6,7%), têxtil (-5,7%), vestuário (-4,2%) e calçados e couro (-5,0%). Este último setor representou a principal pressão negativa sobre o emprego da indústria do Rio Grande do Sul (-4,8%) que, junto com Rio de Janeiro (-4,8%), São Paulo (-0,6%) e Minas Gerais (-1,9%), foram os estados com maior participação na redução do contigente de trabalhadores.

Na análise setorial, no indicador acumulado, as demissões superaram as admissões em nove ramos, com destaque para a influência negativa de outros produtos da indústria de transformação (-8,3%), e de minerais não metálicos (-5,3%). Novamente respondendo pelas pressões positivas mais significativas, destaca-se a indústria de alimentos e bebidas, com ampliação de 2,3% nos postos de trabalho.

Folha de pagamento

A folha de pagamento dos trabalhadores do setor industrial, após dois meses consecutivos de expansão, voltou, em agosto, a registrar perda real na comparação com o mês anterior (-1,3%), já descontadas as influências sazonais. Nos demais indicadores, a folha de pagamento da indústria brasileira permanece mostrando perda real: -4,2% em relação a agosto de 2002, -5,9% no acumulado do ano e -4,8% nos últimos doze meses.

Em relação a agosto do ano passado, treze dos quatorze locais pesquisados reduziram, em termos reais, a folha de pagamento de seus empregados. Na formação da taxa global de -4,2%, as indústrias de São Paulo (-3,9%) e, conseqüentemente, as da região Sudeste (-4,7%), respondem, mais uma vez, pelas maiores contribuições negativas, influenciadas, em grande parte, pelos decréscimos no setor de papel e gráfica, com taxa de -19,3% em São Paulo e de -18,0% no Sudeste. Em termos de magnitude de queda, sobressaem Bahia (-15,2%) e Rio de Janeiro (-10,7%). Por outro lado, a região Norte e Centro-Oeste continua sendo a única área pesquisada que apresenta expansão (3,6%), impulsionada, principalmente, por alimentos e bebidas (12,7%).

Horas pagas

O número de horas pagas apontou redução de 1,7% em relação a agosto de 2002, a sexta consecutiva, com onze dos quatorze locais pesquisados exibindo recuo nesse indicador. Em termos regionais, a principal influência negativa na formação do índice global foi registrada no Rio Grande do Sul (-5,6%), seguido por São Paulo (-1,6%) e Rio de Janeiro (-5,2%). Inversamente, Paraná (3,4%), região Norte e Centro-Oeste (2,2%) e Pernambuco (1,1%), assinalaram as principais contribuições positivas, em função, sobretudo, do crescimento das horas pagas no setor de alimentos e bebidas, que alcançou nesses locais taxas de 10,3%, 2,2% e 6,7%, respectivamente.

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