Emprego formal no Paraná cresceu 0,33% em janeiro

O nível de emprego formal no Paraná cresceu 0,33% em janeiro, correspondendo à criação de 4.932 novas vagas. Com este desempenho, o total de trabalhadores com carteira assinada no Estado passou para 1.467.170. 80,41% dos empregos (3.966) foram abertos no interior, que registrou aumento de 0,46%. A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) gerou 966 postos de trabalho, o que representou aumento de 0,16% em relação a dezembro. Os dados foram divulgados ontem pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Os subsetores que mais ampliaram o número de vagas foram: serviços gerais (1.178), hotéis e restaurantes (748), comércio atacadista (686) e construção civil (647). As maiores reduções de pessoal foram registradas em: ensino (-393), comércio varejista (-320), material elétrico e de comunicações (-210) e agricultura (-177). Entre as 27 unidades da federação, o Paraná apresentou a sétima maior variação percentual do nível de emprego em janeiro, acima da média nacional de 0,16%. Em números absolutos, o Estado foi o quarto maior gerador de vagas, atrás de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O aumento de 0,33% no emprego formal surpreendeu os técnicos do Dieese, já que historicamente janeiro apresenta índices negativos ou próximos de zero. Foi o segundo melhor resultado dos meses de janeiro desde 1990, atrás apensa de 2001 (0,44%). “A variação ficou acima do esperado, porque apesar da pressão negativa do setor agrícola, a pressão negativa de comércio e serviços não foi tão acentuada este ano”, avalia o economista Sandro Silva, do Dieese. Indústria de transformação e serviços geraram mais de 81,3% dos empregos criados em janeiro.

Silva destaca também o dinamismo da economia do interior, que continua crescendo mais que a RMC. Embora essa seja uma tendência nacional, no Paraná a agricultura e a agroindústria estão gerando um efeito em cadeia, gerando emprego e renda também nos outros setores do interior. Do total de empregos formais do Paraná, 58,83% estão localizados no interior e 41,17% na RMC, mas desde 2001 cerca de 80% das vagas novas surgem no interior. Silva observa que os subsetores que mais estão crescendo são os tradicionais, como indústria de alimentos, vestuário e madeira e mobiliário, fortemente concentrados no interior.

Acumulado

Nos últimos doze meses, o Estado abriu 62.419 postos de trabalho formais. Desse total, 78,48% (48.987) foram abertos no interior, que cresceu 6,02%; enquanto a RMC, com variação de 2,25%, ficou com 21,52% das vagas criadas (13.432). O crescimento de 4,43% no nível de emprego com carteira no Paraná nos últimos doze meses deixou o Estado em décimo primeiro lugar no ranking dos estados, acima da média nacional de 3,54%.

Os ramos de atividade com maior aumento empregatício nos últimos doze meses foram: comércio varejista (18.837), têxtil e vestuário (5.644), hotéis e restaurantes (5.060), madeira e mobiliário (4.533), ensino (3.971), produtos alimentícios e bebidas (3.952) e comércio atacadista (3.658). As maiores quedas ocorreram em: construção civil (-1.087) e instituições financeiras (-580).

“Com o aumento dos juros pelo Banco Central desde outubro, o efeito esperado era a queda da atividade econômica, mas no emprego isso ainda não aconteceu”, aponta o economista Cid Cordeiro, supervisor técnico do Dieese. No Paraná, o maior volume de geração de vagas ocorre de março a junho, por causa da safra agrícola. “Mas mesmo com o desempenho positivo do emprego formal nos últimos anos, os dados apontam aumento do desemprego”, ressalta Silva. Em alguns setores está havendo formalização de mão-de-obra e não abertura de vagas, cita Cordeiro.

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