Emprego e renda em alta na indústria

Em junho, pelo segundo mês seguido, o número de contratações na indústria superou o de demissões, na comparação com o mês anterior, na série livre de influências sazonais, de acordo com o IBGE. Em conseqüência do maior ritmo na atividade industrial em 2004, o mês de junho teve aumento de 0,5% no pessoal ocupado, após o crescimento de 1,1% observado em maio. Em relação ao indicador acumulado no primeiro semestre do ano, o emprego industrial cresceu 0,1%, assinalando assim o primeiro resultado positivo no ano.

O movimento de expansão é confirmado no índice de média móvel trimestral, que mostra aumento de 0,4% entre os trimestres encerrados em junho e maio de 2004. Esse índice encontra-se no seu patamar mais elevado desde março do ano passado.

Entre as regiões, predominam as taxas negativas, com destaque para o fechamento de vagas no Rio de Janeiro (-3,9%), São Paulo (-0,5%) e Rio Grande do Sul (-1,8%). Nestes locais, sobressaem, respectivamente, as quedas de produtos de metal (-30,9%), vestuário (-26,4%) e calçados e couro (-7,5%). Em contraposição, Minas Gerais com aumento de 3,6%, tem o melhor desempenho, seguido pela região Norte e Centro-Oeste (2,8%) e Paraná (2,2%), ambos influenciados pelas expansões das contratações no setor de alimentos e bebidas.

Setorialmente, ainda no indicador acumulado para janeiro-junho, as admissões superam as demissões em 11 ramos, com destaque para a influência positiva vinda de máquinas e equipamentos (11,7%), seguida por alimentos e bebidas (2,2%) e fabricação de meios de transporte (3,8%). Novamente respondendo pela pressão negativa mais significativa, destaca-se a indústria de vestuário, cuja queda no pessoal ocupado chega a 10,5%.

Após três meses consecutivos apresentando taxas negativas, a folha de pagamento dos trabalhadores da indústria volta a crescer na série livre de influências sazonais, atingindo 0,7% entre maio e junho. Nos demais indicadores, os resultados foram amplamente positivos: 8,4% no índice mensal; 8,9% no acumulado do ano e 3,1%, nos últimos doze meses. O segundo trimestre de 2004 apresentou crescimento de 8,1% sobre igual período de 2003. Em relação à folha de pagamento média, os resultados continuam positivos: 6,7% no mensal; 8,8% no acumulado do ano e 3,8% nos últimos doze meses.

O indicador de média móvel trimestral mostra que os resultados da folha de pagamento, no início de 2004, foram mais elevados, por conta da redução da inflação e do pagamento de benefícios, enquanto que os trimestres encerrados em maio e junho foram mais baixos. Porém, mesmo apresentando ligeira redução entre maio e junho (-0,2%), o nível da folha de pagamento real é 7,9% superior ao registrado em junho de 2003.

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