Troca de experiências e orientações sobre ampliação de negócios foram alguns dos temas abordados nas palestras da Convenção Sulbrasileira da Micro e Pequena Empresa, que aconteceu ontem, no auditório do Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR), em Curitiba.

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Durante o evento, empresários dos estados da região Sul também discutiram posturas que poderiam possibilitar ao pequeno e micro empreendedor a transformar o momento de instabilidade na economia, devido à crise no mercado internacional, em oportunidades de crescimento.

De acordo com o presidente da Confederação Nacional da Micro e Pequena Empresa (Conampi), Ercílio Santinoni, o evento objetivou fazer com que o empresário analise o próprio negócio.

“Queremos despertar o empreendedor que se encontram no dilema causado pela instabilidade e não estão seguros para fazer novos investimentos”, afirma. Segundo Santinoni, o momento é propício para acelerar projetos de investimento com parcerias com as entidades de representação da classe.

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Quanto ao receio de parte da classe empresarial por um possível processo de recessão, Santinoni ressalta que são justamente as micro e pequenas empresas, que seriam responsáveis por 60% dos empregos formais do País, que podem servir de base para minimizar o problema. “Você não vê a possibilidade de demissões na pequena empresa, como está sendo previsto nas grandes multinacionais”, diz.

Contudo, mesmo acreditando que a crise gera oportunidades para o pequeno empreendedor, Santinoni alerta para uma nova postura do mercado interno. Segundo ele, o empresário passará a contar com mais um concorrente.

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“Aquele que está exportando poderá passar a atuar no mercado interno que é a área de atuação da maior parte das pequenas e médias empresas, aumentando a concorrência em diversos setores”, afirma.

O diretor técnico do Sebrae-PR, Julio Cezar Agostini, ressalta a importância de eventos que salientam a qualificação da gestão de empreendedores. “É preciso fortalecer o movimento das pequenas empresas da região Sul, um segmento altamente gerador de ocupação”, diz.

Segundo Agostini, são 15 milhões de trabalhadores formais e informais no Brasil, mais da metade destes ligados à pequenas empresas. “É importante que essas entidades sejam fortalecidas para dar suporte a todos estes trabalhadores”, afirma.