Embraer entra no mercado dos EUA

A americana Lockheed Martin venceu concorrência para desenvolver aviões de vigilância para o Exército dos Estados Unidos, um negócio de US$ 7 bilhões e US$ 8 bilhões, e usará o avião regional ERJ 145, da Embraer, como plataforma para a nova aeronave. Para a Embraer, o contrato marca sua entrada no mercado americano de defesa. Com isso, ela levará adiante seu projeto de montagem de unidade industrial em Jacksonville, na Flórida.

A parceria da Embraer com a Lockheed Martin foi firmada em julho de 2003, pouco após a fabricante brasileira ter anunciado a construção de sua unidade industrial na Flórida para produzir jatos de defesa. Pelas leis americanas, só empresas instaladas no país podem ser fornecedoras do Exército.

A aeronave da Embraer já se encontra em operação em todo o mundo. Mais de 750 jatos desse modelo foram entregues a companhias aéreas, sendo mais de 500 nos EUA.

Enquanto a Lockheed Martin usará o ERJ-145, da Embraer, como plataforma para a nova aeronave de vigilância, a Northrop tinha como suporte o G450, novo jato executivo produzido pela Gulfstream Aerospace, da General Dynamics. A Harris Corporation também faz parte do consórcio, que é liderado pela Lockheed Martin.

A entrada no maior mercado de defesa do mundo faz parte da estratégia da Embraer de diversificar sua receita – hoje concentrada na aviação comercial. Segundo a Embraer, muitos dos componentes e equipamentos do ERJ 145 são fornecidos por fabricantes dos EUA e parceiros, como Rolls Royce (Indiana), Honeywell (Arizona) e outros espalhados em 22 estados do país.

A próxima geração do sistema de inteligência, vigilância e reconhecimento do exército dos EUA – segundo informações distribuídas pela agência Reuters – também vai substituir os aviões de vigilância EP-3 da Marinha. Os jatos terão uma variedade de sensores para detectar, identificar, localizar, rastrear e rapidamente disseminar dados para caças, de acordo com informações em relatório do Exército.

O Exército espera receber o primeiro jato em 2009 e ter a completa substituição da frota atual até 2017. A Marinha receberia suas primeiras unidades em 2012.

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