Embraer anuncia negócio de US$ 270 mi com a Índia

A Embraer anunciou ontem, no Farnborough Air Show, a venda de dez aviões Embraer 175 para a Jet Airways, uma empresa de aviação regional da Índia, no valor de US$ 270 milhões. Além das encomendas confirmadas, a empresa tem outras dez opções de compra, que podem dobrar o valor do negócio.

Grã-Bretanha – As aeronaves serão entregues entre julho de 2004 e o fim de 2007 e, de acordo com a Embraer, a forma de pagamento ainda não foi definida. O negócio também marca a entrada da Embraer no mercado asiático, que a empresa acredita ser bastante promissor. A fabricante brasileira já tem aviões em uma companhia aérea chinesa.

?Nós identificamos que a Ásia tem um potencial para 300 aeronaves no segmento de 50 a 110 lugares nos próximos dez anos?, afirmou o presidente da Embraer, Maurício Botelho. Esta é também a primeira venda dos aviões 175, de 78 lugares, que ainda estão em fase de testes e certificação pela Embraer.

Uma unidade da mesma linha, o 170, de 70 lugares, foi trazida a Farnborough, para os vôos de demonstração para a imprensa e os possíveis clientes. A Embraer já tem 112 pedidos do modelo 170, com mais 202 opções de compra.

O presidente da Jet Airways, Naresh Goyal, elogiou principalmente o conforto oferecido pela aeronave e os serviços de pós-venda da Embraer.?Analisamos todas as opções disponíveis no mercado e concluímos que o 175 era o melhor avião?, afirmou Goyal.

Negócio comemorado

O negócio da Embraer com a Jet Airways foi bastante comemorado em Farnborough, depois da crise que se seguiu aos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos.?O mercado está muito mais devagar do que nos anos anteriores?, diz o presidente da Embraer, Maurício Botelho.Ele esperava anunciar uma outra venda junto com a da Jet Airways, mas o negócio não se concretizou.

Na segunda-feira, primeiro dia do Farnborough Air Show, um outro negócio foi anunciado, justamente pela concorrente da Embraer no mercado de aeronaves para aviação regional: a canadense Bombardier.A empresa anunciou a confirmação da venda -de uma opção já firmada anteriormente – de três aviões para a Delta Connection, grupo que reúne companhias aéreas americanas de pequeno porte, um negócio de US$ 73 milhões.

A Embraer também aposta no mercado de aviação militar para impulsionar suas vendas nos próximos anos.

No entanto, a empresa revisou para baixo sua previsão de venda de 220 unidades este ano e, agora, prevê a entrega de 135 aeronaves até o fim do ano e 145 no que vem.

Balança melhora índices

Brasília(AG) – O país apresentou déficit nas transações correntes (gastos com importações, exportações, viagens internacionais, remessa de lucros e dividendos, pagamentos de juros, etc) de US$ 1,294 bilhão em junho. Esse déficit é 38,8% menor que o resultado de junho do ano passado (US$ 2,115 bilhões). De acordo com o Banco Central, o resultado é o melhor para os meses de junho desde 1994. O resultado do mês de junho também é inferior ao de maio, quando o déficit foi de US$ 1,832 bilhão. A redução do déficit no mês passado foi possível devido à queda dos gastos com serviços, o que ocorreu devido à diminuição do ritmo do crescimento da economia e à alta do dólar.

Além disso, os saldos positivos da balança comercial (cujo superávit acumulado do ano supera US$ 3,5 bilhões) têm ajudado no controle das contas externas. Em junho, o superávit da balança foi de US$ 675 milhões. No mesmo mês do ano passado, o superávit tinha sido de US$ 276 milhões. Em maio deste ano, o superávit foi de US$ 423 milhões.

No primeiro semestre deste ano, o déficit das transações correntes acumulado do Brasil é de US$ 8,281 bilhões. Em 2001, nos primeiros seis meses do ano, o déficit acumulado foi de US$ 13,341 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos, no mesmo período deste ano, somaram US$ 9,617 bilhões. No ano passado, o volume de investimento no primeiro semestre foi semelhante, somando US$ 9,9 bilhões.

Os investimentos estrangeiros diretos no país somaram, no mês de junho, US$ 1,530 bilhão. A entrada desses recursos financiou integralmente os gastos com as transações correntes. O saque dos recursos de US$ 10 bilhões junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) ajudou o fechamento do balanço de pagamentos do país no mês passado, que encerrou com um superávit de US$ 8,677 bilhões.

No mês de junho, os investimentos estrangeiros vindos da França lideraram a entrada desses recursos externos no país, somando US$ 961 milhões. Em seguida, o maior investidor é Bermudas, que aplicou US$ 761 milhões no Brasil. Os Países Baixos investiram US$ 232 milhões no Brasil; e depois os Estados Unidos, com US$ 140 milhões.

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