Nos últimos dez anos a produção de flores cresceu 324% no Paraná. Com uma participação de 0,18% do VBP (Valor Bruto da Produção) estadual, e arrecadação de R$ R$ 45,4 milhões, o grupo da floricultura foi o que apresentou maior variação positiva quando comparado aos demais.

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Os números foram levantados pelo Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria da Agricultura. De acordo com Gilka Cardoso Andretta, responsável pela Divisão de Estatística Básica, e pelo acompanhamento do VBP, as principais culturas cresceram 7,8%, a pecuária 27%, as frutas 24%, as hortaliças e especiarias 39%, os produtos florestais 116%, enquanto que a floricultura registrou 324%. Neste grupo estão incluídos a produção de mudas de árvores para arborização, gramado, plantas ornamentais, flores de vaso e flores de corte, entre outras.

Os municípios que tiveram maior participação na produção de flores em 2006, com VBP superior a R$ 2,5 milhões, foram Curitiba, São José dos Pinhais, Apucarana e Cascavel. Com arrecadação entre R$ 1,0 milhão e R$ 2,5 milhões estão Londrina, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Uniflor, Marialva, Fazenda Rio Grande, Porto Amzonas, Cambará e Itambé.

O maior crescimento foi registrado entre os municípios da Região Metropolitana de Curitiba, que responde por 53% da produção de gramado no Estado. Com uma produção de 4,15 milhões de metros quadrados, registrou uma arrecadação de R$ 9,2 milhões, seguido por Cascavel, que produziu 1,5 milhão de metros quadrados e arrecadou R$ 3,4 milhões.

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O Núcleo Regional de Curitiba também é o principal produtor das espécies comercializadas em caixa. Foram produzidas 620.590 caixas, com renda bruta de R$ 2,5 milhões, seguido de Cascavel, que produziu 232.423 caixas e arrecadou R$ 1,9 milhão. As principais produções em caixa são as plantas perenes (ornamentais), o beijo-americano, a tagete e o piriquitinho.

A produção de flores vendidas em dúzias, como rosas, palmas, gladíolos, gérberas e cravos, que arrecadaram R$ 2 milhões, se concentra nas regiões de Apucarana (que comercializou 171 mil dúzias), Maringá (com 134 mil dúzias) e Guarapuava (com mais de 61 mil dúzias).

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Os números levantados pela Secretaria da Agricultura mostram ainda que as flores comercializadas em maço têm maior produção nos Núcleos Regionais de Guarapuava, Apucarana e Maringá, enquanto que as flores comercializadas em unidade são mais representativas nos Núcleos de Londrina, Cascavel e Ponta Grossa.

A pesquisa revela também que os Núcleos de Apucarana e Maringá respondem por 87% do valor gerado com a produção das flores em vaso. Apucarana arrecadou R$ 2,2 milhões e Maringá R$ 1,7 milhão. ?As flores em vaso apresentaram um crescimento significativo no período. Em 1997 o Estado comercializou 19 mil vasos, e em 2006 foram 1,59 milhão de vasos. O crisântemo representou 73% do valor da comercialização?, explicou Gilka Cardoso Andretta.