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Em ata, BCE cita “incerteza geral”, tensões comerciais e Brexit

Dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) alertaram sobre crescentes riscos econômicos e um clima de “incerteza geral” na reunião de política monetária dos dias 12 e 13 de dezembro, apesar da determinação da instituição de encerrar seu programa de relaxamento quantitativo (QE, pela sigla em inglês), segundo ata do encontro divulgada nesta quinta-feira.

Nas últimas semanas, os mercados financeiros globais exibiram forte volatilidade em meio a sinais de fraqueza de grandes economias, como China e zona do euro. Contribuiu para a turbulência o comportamento de grandes bancos centrais, incluindo o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que no ano passado elevou seus juros básicos em quatro ocasiões, a última vez em dezembro.

Na reunião do mês passado, autoridades do BCE discutiram como responder às incertezas geradas por tensões comerciais, pelo Brexit – como é conhecido o processo para a retirada do Reino Unido da União Europeia – e pela volatilidade nos mercados mundiais.

“Nesse contexto, foi destacado que a situação continuava frágil e fluida, à medida que os riscos podem voltar a ganhar relevância ou novas incertezas podem surgir”, diz a ata.

No documento, o BCE cita o caso de mercados emergentes, com a vulnerabilidade diminuindo em alguns países, como Turquia e Argentina, mas ganhando força em outras partes.

Apesar disso, as dirigentes do BCE avaliaram que a perspectiva de médio prazo da zona do euro continua sólida, uma vez que seu mercado de trabalho permanece forte e o salários estão em ascensão.

Em dezembro, o BCE formalizou o fim do QE, pelo qual a instituição vinha fazendo compras mensais de bilhões de euros em bônus de governos e outros ativos. No total, as compras atingiram 2,5 trilhões de euros. Com informações da Dow Jones Newswires.

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