Eletrodomésticos mais baratos para ‘Minha Casa’

O governo quer preços mais baixos da indústria no programa que vai financiar a compra de eletrodomésticos para os mutuários do Minha Casa, Minha Vida. Segundo fontes, governo e empresários discutem a possibilidade de incluir fogão, geladeira, lavadora de roupa, televisores e móveis na lista de bens que poderão ser adquiridos com taxa subsidiadas.

Já o setor quer a manutenção da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca e móveis, que termina em junho. Sem essa redução, a avaliação dos empresários é de que o programa não é viável.

Os detalhes do novo programa foram discutidos na quinta-feira, 16, em reunião do setor com os ministros Guido Mantega (Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades). Os empresários levaram uma pesquisa de preços para subsidiar o governo no desenho final da modelagem financeira. Também foram discutidos aspectos operacionais, como a implementação do cartão magnético, como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, na terça-feira, 14.

A ideia é dar liberdade ao mutuário de adquirir os produtos no varejo com o cartão. Deverá ser fixado um limite de preços para para evitar risco de alta. A linha de crédito deverá ser estendida a todos os mutuários do programa, inclusive os antigos.

Capacidade. Uma das preocupações da área econômica, manifestada no encontro, foi com a capacidade da indústria e do varejo em atender a demanda adicional. Os representantes disseram que não há problemas nesse sentido, principalmente porque as vendas já caíram um pouco. Miriam antecipou que o governo quer fechar o novo programa na semana que vem. A taxa de juros deve ficar entre 5% e 4% ao ano para o financiamento dos produtos.

A diretora-presidente do Magazine Luiza e vice-presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo, Luiza Trajano, disse que a participação do setor privado na discussão ajuda no funcionamento rápido do programa. Já o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, avaliou que o programa vai ajudar bastante o setor e disse que há capacidade para atender a demanda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.