Eike diz que vai obedecer possíveis regras do pré-sal

O empresário Eike Batista, dono da empresa petrolífera OGX, não se mostrou preocupado com a possibilidade da Petrobras ser a única operadora nas áreas do pré-sal, uma das propostas que debatidas nas discussões em torno do novo marco regulatório do setor. “Se o governo criar regras, vamos simplesmente obedecer”, afirmou. “Eu simplesmente me encaixo. Não cabe a mim (decidir), não sou legislador, eu só obedeço as regras.”

Maior vencedora da 9ª. Rodada de Licitações de blocos de exploração de petróleo feita pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 2007, a OGX tem hoje um portfólio de 22 blocos. Mas Eike Batista sinalizou que esse número pode aumentar. “Sempre temos interesse. Como empresa, a gente avalia tudo que tem no mercado. A capacidade da OGX é identificar diamantes ainda não polidos”, disse. O empresário participou hoje da visita às obras do Porto do Açu, projeto desenvolvido pelo grupo no norte do Estado do Rio.

A visita contou com a presença do ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito. No evento, o ministro destacou a importância do porto como suporte para o desenvolvimento das áreas de exploração de petróleo do pré-sal. O porto tem um orçamento previsto de US$ 1,6 bilhão, sendo que US$ 900 milhões virão da LLX Minas-Rio (responsável pela implementação do terminal portuário dedicado ao minério de ferro) e US$ 700 milhões serão alocados pela LLX Açu (responsável pela operação das demais cargas como produtos siderúrgicos, carvão e granéis). A empresa já tem 66 memorandos de intenção assinados com empresas que querem se instalar ou movimentar cargas no porto.