A EDP São Paulo planeja destinar em torno de 83% dos valores previstos de investimentos até 2023, da ordem de R$ 1,5 bilhão, em expansão de rede e melhorias na qualidade do serviço. “São Paulo é um Estado que tem crescimento relevante e, quando olhamos nos últimos 10 anos, tivemos uma expansão significativa no número de clientes. Continuamos esperando essa expansão nos próximos anos”, afirmou o presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar investimentos da EDP Brasil no Estado de São Paulo.

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Embora intenção da companhia neste plano seja a de avançar na digitalização das redes, Setas evitou anunciar uma meta para a instalação de medidores digitais na área de concessão da EDP São Paulo. “Os investimentos em expansão em redes inteligentes dependem das condições regulatórias, e ainda não houve mudança nas regras”, afirmou o executivo.

As distribuidoras de energia reclamam que as regras atuais não estimulam os investimentos em redes inteligentes por alguns motivos: 1) o prazo de amortização e depreciação vigente de ativos não seria compatível com a vida útil dos equipamentos digitais; 2) o WACC (taxa de retorno regulatória do setor) não reconhece o risco mais elevado dos investimentos em smart grid neste momento; e 3) ausência de regras para tratar da baixa contábil dos medidores analógicos que não estão totalmente depreciados, o que geraria perdas para o setor.

Segundo Setas, a EDP Brasil vem desenvolvendo, desde o começo do ano, um projeto piloto de redes inteligentes com 52 mil clientes na região de Vila Velha, área de concessão da EDP Espírito Santo. A ideia, nesta iniciativa, é testar as tecnologias de medidores, automação, de telecomunicação e segurança da informação e os aspectos de tarifação e faturamento.

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“Por enquanto, não temos nenhum plano para expandir em larga escala enquanto essas regras não estiverem clarificadas”, concluiu Setas.