Presidente do Banco Central da Alemanha, Jens Weidmann pediu nesta quarta-feira a imposição de regras mais rígidas para o orçamento da zona do euro, a fim de acabar com o tratamento privilegiado dos bônus do governo, como uma maneira de fortalecer a resistência da zona do euro a choques financeiros.

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Falando na cidade alemã de Essen, no oeste do país, Weidmann, também membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), apresentou várias propostas voltadas a encorajar os governos a manter os gastos sob controle, entre eles a emissão de um novo tipo de bônus soberano cujo vencimento se estenderia automaticamente caso um governo recebesse ajuda oficial.

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As propostas do BC alemão contrastam fortemente com as do presidente da França, Emmanuel Macron, que pediu em setembro maior integração política na zona do euro, incluindo a criação de um ministro comum da zona do euro para as finanças, o orçamento e o Parlamento.

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As propostas de Macron não substituem o fortalecimento de cada responsabilidade na zona do euro, argumentou a autoridade alemã, embora Weidmann tenha admitido que elas “não contradizem o princípio da responsabilidade individual”.

O sucesso das propostas do líder francês dependem do apoio de Berlim, onde uma nova coalizão de governo é negociada. O presidente do BC alemão também reiterou suas críticas à decisão do BCE de estender no mês passado seu programa de compra de bônus até setembro do próximo ano. “Diante da perspectiva econômica favorável e das altas nos preços, uma orientação de política monetária um pouco menos relaxada teria sido justificada”, argumentou. Fonte: Dow Jones Newswires.