E o dólar sobe 7 dias sem parar

São Paulo

(Das agências) – O dólar comercial bateu ontem seu sétimo recorde consecutivo, fechando a R$ 3,295 na compra e R$ 3,30 na venda. Com esse resultado, a moeda americana já acumula valorização de 17,02% em julho. Na máxima do dia, a cotação de venda atingiu R$ 3,45%. A Bovespa encerrou o pregão viva-voz, às 16h45m, em alta de 1,09%, com o Índice Bovespa em 9.351 pontos. O volume financeiro era de R$ 763,5 milhões. A notícia da manutenção das intervenções do Banco Central no câmbio durante o mês de agosto teve impacto reduzido no mercado, já que os negócios estavam praticamente finalizados.

Assim como aconteceu pela manhã, a bolsa paulista operou descolada dos demais mercados, inclusive dos Estados Unidos. Esse comportamento é atribuído pelos operadores à busca dos investidores por ativos reais. A manhã de ontem foi marcada pelos novos recordes conquistados pelo dólar e pelo risco-país brasileiro. Depois de avançar 10,2%, às 16h30m, o Risco Brasil cedia e marcava 2.390 pontos-base, com alta de 8,09%.

Operadores afirmaram durante a manhã que o envio de missão brasileira ao FMI quase não teve impacto nos negócios, já que não se espera o anúncio de uma ajuda imediata. No começo da tarde, o porta-voz dos Estados Unidos, Ari Fleischer, apoiou formalmente a ajuda financeira ao Brasil. A declaração tenta amenizar a crise diplomática entre os dois países depois das declarações do secretário de Tesouro americano Paul O?Neill. Este país tem grande participação no FMI e a concessão de empréstimos pelo fundo está atrelada à aprovação dos EUA.

A demanda das empresas por dólares vem aumentando nos últimos dias porque muitas estão fazendo pagamento antecipado de seus débitos, mediante a oferta de desconto por parte dos credores estrangeiros. Esse seria um dos motivos de tanta procura por dólares. O dólar paralelo fechou ontem no Rio cotado a R$ 2,95 na compra e R$ 3,10 na venda.

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