O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse hoje que os riscos para a perspectiva econômica da zona do euro continuam apontando para baixo, mas ressaltou que o atual momento de fraqueza na região “não necessariamente precede uma forte contração”.

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Segundo Draghi, que falou durante discurso em Frankfurt, os dados atuais sugerem que a demanda externa ainda não afetou significativamente a demanda interna, mas os riscos cresceram nos últimos meses e as incertezas permanecem elevadas. Ele citou, como exemplo, as recentes disputas comerciais e a desaceleração econômica em países emergentes, especialmente na China.

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“É por isso que nossa perspectiva de médio prazo continua sendo de que o crescimento voltará gradualmente para seu potencial, mas os riscos permanecem negativos”, disse Draghi.

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Apesar das incertezas, Draghi apontou que as expectativas de investimento ainda são “relativamente robustas”.

Draghi também afirmou que o BCE está atento a riscos futuros e pronto para voltar a agir com mais medidas de estímulos se houver deterioração significativa da perspectiva.

“Não nos faltam instrumentos (de política monetária) para cumprirmos nosso mandato”, afirmou Draghi, referindo-se à meta do BCE de trazer a inflação para um nível ligeiramente inferior a 2%.

Em sua última reunião de política monetária, no dia 7, o BCE afirmou que pretende manter suas principais taxas de juros nas mínimas históricas atuais até pelo menos o fim de 2019 e anunciou que oferecerá novos empréstimos de baixo custo a bancos da zona do euro, através de Operações de Refinanciamento de Prazo Mais Longo Direcionadas (TLTROs, na sigla em inglês), entre setembro deste ano e março de 2021.