São Paulo
– O dólar interrompeu ontem uma seqüência de quatro baixas consecutivas e fechou em alta de 2,11%, cotado a R$ 3,140 na compra e R$ 3,145 na venda. A alta foi provocada principalmente pelo fluxo cambial negativo, com saídas de recursos para pagamento de dívidas externas e algumas remessas. A alta só não foi maior porque o Banco Central voltou a promover intervenções. Já o mercado acionário ignorou a alta do dólar e a depreciação dos títulos da dívida externa e teve um dia de ganhos. A Bovespa seguiu as bolsas americanas e fechou em alta de 2,80%.“O fluxo negativo foi a única coisa concreta para justificar a alta do dólar hoje. Como o mercado estava muito seco, operações que normalmente não pressionam o dólar passam a ter uma importância exagerada”, disse o analista Helio Osaki.
“O Banco Central é hoje o único vendedor de dólares, e vai passar a suprir também uma parte das linhas de crédito que foram fechadas. O mercado espera que esse ensaio que começa amanhã tenha bons resultados e leve os bancos a voltar a emprestar recursos às empresas brasileiras. Não é à toa que Pedro Malan e Armínio Fraga vão aos Estados Unidos negociar com os bancos”, disse Osaki.