Dólar valoriza 0,24% e Bolsa tem novo recorde

São Paulo – O dólar comercial voltou a sofrer ajustes e fechou ontem em alta de 0,24%, cotado a R$ 2,874 na compra e R$ 2,876 na venda. Foi a quarta valorização seguida da moeda americana. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) continuou a acelerar o ritmo de alta. O Ibovespa fechou em alta de 3,25% aos 18.369 pontos, o maior nível desde 27 de março de 2000. O volume financeiro somou R$ 1,9 bilhão, inflado pelo exercício dos contratos de opções (R$ 783,6 milhões).

O principal motivo da forte valorização da Bolsa foi a alta de 3,35% na ação preferencial da Telemar, que encerrou cotada a R$ 43,40, responsável por cerca de 32% do giro total da Bolsa, um percentual acima do normal. A euforia com os papéis da empresa tem um fator técnico: muitos investidores correram para comprar as ações da Telemar para honrar compromissos no mercado de opções.

No câmbio, a volatilidade dos títulos da dívida externa e a proximidade do vencimento de uma dívida pública de US$ 1,5 bilhão foram dois fatores de pressão sobre a moeda. Na máxima do dia, a cotação de venda chegou a ultrapassar os R$ 2,90, o que não acontecia desde o início do mês.

O dólar já havia subido 1,31% na semana passada, num movimento de correção iniciado depois de a cotação ter encostado nas mínimas do ano. Entre os fatores de pressão estão rumores de que o Banco Central (BC) deixará de renegociar todas as suas dívidas atreladas ao câmbio até o final do ano. A medida reduziria a dívida pública na moeda estrangeira em mais de US$ 5 bilhões e ainda incentivaria uma leve alta do dólar, garantindo a competitividade do setor exportador.

A senha para os rumores foi a liquidação integral de uma dívida de US$ 1,1 bilhão vencida na semana passada. Nesta semana o BC decidirá se renegocia ou se liquida uma dívida de US$ 1,5 bilhão a ser paga no início de novembro.

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