Dólar fraco faz despencar o superávit da balança

O saldo da balança comercial está caindo no início deste segundo semestre, ao contrário do que ocorreu no ano passado, quando o resultado passou a aumentar. Na segunda semana de julho (7 a 13), a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 381 milhões, volume 31,2% inferior a igual período de junho último e 46,4% menor do que na segunda semana de julho de 2002, quando o superávit para o período foi recorde do Plano Real, atingindo US$ 712 milhões.

As exportações somaram US$ 1,270 bilhão na segunda semana deste mês, com uma média diária de US$ 254 milhões. As importações totalizaram US$ 889 milhões e a média diária do período ficou em US$ 177,8 milhões.

Com o saldo da segunda semana de julho, a balança comercial acumula superávit de US$ 727 milhões no mês e de US$ 11,125 bilhões no ano. De janeiro até o dia 13 de julho, as exportações atingiram US$ 35,41 bilhões e as importações, US$ 24,286 bilhões.

Em igual período do ano passado, o saldo comercial acumulado era de apenas US$ 3,349 bilhões. Em todo o ano de 2002, a balança registrou superávit de US$ 13,135 bilhões.

A perspectiva do Banco Central para 2003 é de um superávit superior a US$ 17 bilhões. Mas ao contrário do ano passado, quando o resultado da balança foi impulsionado principalmente no segundo semestre, neste ano o resultado do ano deverá ser favorecido pelo saldo dos primeiros seis meses.

O superávit da balança no segundo semestre de 2002 foi estimulado pelo avanço do dólar em relação ao real. A cotação da moeda norte-americana saltou de R$ 2,397 ao final de maio do ano passado para R$ 2,90 no início de julho de 2002, o que significa uma valorização de quase 23% em dois meses.

Como o dólar vem apresentando estabilidade este mês em relação a julho de 2002, a possibilidade é de pouca alteração no resultado da balança, já que a rentabilidade dos exportadores não aumenta.

Semestre no PR tem saldo de US$ 1,7 bi

O Paraná fechou o primeiro semestre do ano com um superávit na balança comercial de US$ 1,777 bilhão, resultado 427% maior que no mesmo período do ano passado, quando o saldo ficou em US$ 336 milhões. Para chegar a esse resultado, o Paraná exportou US$ 3,335 bilhões de janeiro a junho deste ano contra importações que atingiram US$ 1,577 bilhão.

Só em junho, as exportações paranaenses chegaram a US$ 630 milhões, valor 83% maior que no mesmo mês do ano passado. Já as importações do período ficou em US$ 286 milhões, resultado 24% superior ao de junho de 2002. O saldo na balança do mês ficou em US$ 343 milhões ou 206% superior ao obtido em igual período do ano passado..

Segundo levantamento divulgado ontem pela Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul – com base em dados da Secretaria Nacional de Comércio Exterior (Secex) – o resultado do mês de junho colocou o Paraná na terceira posição entre os Estados que mais exportaram e melhores resultados tiveram no saldo da balança comercial.

No mês, o Paraná só ficou atrás de São Paulo e Minas Gerais. No resultado do semestre, o Paraná ficou como o quarto maior exportador e com o segundo maior saldo, só perdendo para os mineiros.

Mercosul

Pelo segundo mês consecutivo, o Paraná também obteve saldo positivo no comércio com a Argentina, invertendo um fluxo negativo que perdurou por vários meses. O saldo em junho nas relações comerciais do Paraná com a Argentina foi de US$ 4,9 milhões. No comércio entre Brasil e Argentina, houve também um superávit, o que não ocorria desde abril de 2001. O saldo ficou em US$ 33 milhões.

Soja

Segundo os dados Secex, a soja foi o produto paranaense que mais ganhou mercado internacional. Tanto em grão quanto industrializada, o produto garantiu sua posição de destaque na pauta de exportações do Estado. A soja foi seguida pelos motores, automóveis, milho, frango, madeira, açúcar e veículos a diesel.

Entre os principais parceiros comerciais do Paraná no semestre estão os Estados Unidos, com importações da ordem de US$ 491,5 milhões, e a China com US$ 431 milhões, saltando da 15.ª para a segunda posição. Os chineses compraram soja, motores de explosão e autopeças, aumentando em 945% a parceria com o Paraná.

Na seqüência do ranking dos maiores clientes do Paraná estão a Alemanha, Holanda, Reino Unido, República Islâmica e a Argentina que passou da 11.ª para a sétima posição.

Mas o país que mais aumentou o volume de importações do Paraná neste primeiro semestre foi a Tailândia. Em um ano, as exportações para os tailandeses cresceram 2.909%, passando de US$ 764 mil, nos primeiros seis meses do ano passado, para 23,01 milhões, no mesmo período de 2003. Com esse desempenho, a Tailândia passou do 79.º para o 25.º lugar no ranking dos principais destinos das exportações paranaenses.

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