São Paulo – O dólar comercial voltou a fechar em queda ontem. A moeda americana caiu 0,41%, cotada a R$ 2,860 na compra e R$ 2,863 na venda. A quarta-feira, no entanto, não serve como referência. O volume de negócios foi bastante reduzido por conta do feriado de 9 de julho, que comemora a Revolução Constitucionalista em São Paulo. A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fechou e os mercados futuros de dólar e juros foram suspensos. Também não houve negociação na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Apenas operações de ajustes foram realizadas pelos que estiveram de plantão.
Alguns importadores com contas a pagar no exterior aproveitaram a cotação baixa para comprar a moeda, mas isso não interferiu na trajetória do dólar.
O dólar poderá ficar mais uma vez pressionado hoje, no primeiro leilão de swap cambial para a rolagem de uma dívida de US$ 2,7 bilhões que vence no dia 17. O Banco Central (BC) vai ofertar apenas US$ 1,55 bilhão em swap. Serão 33.600 contratos com sete vencimentos diferentes. O vencimento é considerado um dos mais concentrados do ano.
Se o BC conseguir leiloar tudo o que estará oferecendo, o que é bastante improvável, a rolagem atingirá 57,4% da dívida. Na última operação, para a rolagem de uma dívida de US$ 2,4 bilhões, o BC renovou apenas 67,5%. Diferentemente das últimas operações, a instituição terá agora a possibilidade de fazer duas ofertas.
Apesar de impor limites ao câmbio, com a mudança nas regras das rolagens, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse anteontem a empresários paulistas que descarta qualquer intervenção. Segundo o presidente, não se pode estabelecer uma cotação para o dólar. De acordo com o mercado, indiretamente o Banco do Brasil também estaria atuando em nome do Banco Central na compra e venda da moeda.