Dólar fecha setembro abaixo dos R$ 2,90

O dólar fechou setembro abaixo da marca dos R$ 2,90. A moeda dos EUA caiu ontem 1,22%, a maior queda percentual em 55 dias. No fim dos negócios, US$ 1 custava R$ 2,892, o menor valor em 15 dias. Com esse placar, a queda acumulada no mês atingiu 2,92%. No ano, o dólar já recuou 18,4%. A moeda completou ontem 40 dias de negócios abaixo dos R$ 3. A baixa foi atribuída a uma correção de preços e à expectativa de melhora do “rating” (nota de crédito) do Brasil por uma agência de classificação de risco.

Os rumores de uma elevação do “rating” voltaram a circular ontem, contribuindo para a queda do dólar, segundo o chefe da mesa de câmbio do banco ING, Alexandre Vasarhely. “Esses rumores vão e voltam nos momentos em que se tem de explicar o movimento do mercado.”

Na prática, elevar a nota do Brasil tem um efeito positivo para a oferta de crédito para empresas e bancos do país, pois o “rating” menor significa melhores condições de empréstimos no mercado internacional.

A agência de classificação de risco Fitch é citada pelos operadores como a que seria primeira a melhorar o rating do País, uma vez que já atribuiu perspectiva (“outlook”) positiva para a nota do Brasil.

Entre as agências de classificação de risco, ela tem sido a mais rápida em alterar as notas, na comparação com a Standard & Poor?s e a Moody?s. As agências evitam antecipar suas decisões à imprensa.

Nesta terça-feira, o dólar começou a cair após o mercado exercer pressão para a formação da Ptax (média do dólar apurada pelo Banco Central), que se concentrou no período da manhã.

É esse valor que será usado hoje para corrigir os títulos cambiais que vencem. Na semana passada, o BC só rolou 13% de uma dívida cambial de US$ 2,3 bilhões.

“O fluxo comercial está muito forte”, diz o chefe da mesa de câmbio do ING.

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