Dólar fecha semana em queda

São Paulo – O bom humor continuou a dar o tom dos negócios nos mercados de câmbio e juros nesta sexta-feira. O dólar fechou em baixa de 0,67%, cotado a R$ 2,921 na compra e R$ 2,923 na venda. Com esse resultado, a moeda americana encerra a semana com desvalorização de 0,92% frente ao real. No mercado futuro de juros, todas as projeções da taxa Selic caíram. O C-Bond voltou a se destacar, ao atingir seu terceiro recorde consecutivo. No final da tarde, o principal título da dívida externa brasileira subia 0,32%, cotado a 95,87% do seu valor de face.

A semana foi marcada por definições importantes na política monetária e cambial. O Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu positivamente ao cortar a taxa Selic em 1,5 ponto percentual, de 19% para 17,50% ao ano. Com isso, deflagrou forte alta no mercado de ações e um grande ajuste no mercado de juros. Outro destaque da semana ficou com a renegociação de 15% de uma dívida pública de US$ 2,2 bilhões que vence no dia 1.º.

O movimento de zeragem de posições vendidas dos bancos mostrou acomodação nesta semana, tornando mais nítidos os efeitos do fluxo cambial positivo. Várias captações externas foram iniciadas ou concluídas nesta semana, o que amenizou as pressões. O Banco do Brasil voltou a se destacar na ponta de compra ontem, evitando uma queda maior das cotações.

– O dólar estava “pesado”, porque havia subido muito e de forma bastante rápida na semana passada. Foi uma correção dos exageros, mas não esperamos que haja espaço para quedas significativas. Está claro que o BC não quer essa depreciação – disse um profissional de um banco estrangeiro.

As taxas de juros negociadas no mercado futuro fecharam em baixa generalizada nesta sexta-feira, ainda como reflexo da surpresa com a decisão do Copom. Nos negócios na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro, que projeta os juros de dezembro, ficou em 17,02% ao ano, contra 17,03% do fechamento de ontem. O vencimento de julho, o mais negociado, ficou em 16,31% anuais, frente aos 16,39% anteriores.

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