Dólar explode e já é vendido por R$ 3,61; bolsa em alta

O dólar comercial não pára de subir dramaticamente. Às 12h, a moeda norte-americana era vendida por R$ 3,61 (compra a R$ 3,60) pela taxa do Banco Central. A alta em relação ao fechamento recorde de ontem é de 9,39%. No mesmo horário, o Ibovespa (principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo), subia 2,8%.

Ao contrário dos últimos dias, o mercado cambial registra boa liquidez hoje, segundo operadores. Parte da alta está relacionada ao vencimento de contratos de dólar na Bolsa de Mercadorias & Futuros. O Banco Central já fez uma intervenção no mercado hoje, com venda de dólares.

No fechamento de ontem, o dólar atingiu novo recorde histórico _o sétimo consecutivo_ em relação ao real. A moeda norte-americana fechou negociada a R$ 3,30 para venda (R$ 3,285 para compra) pela taxa do Banco Central.

No ano, a valorização acumulada do dólar sobre o real já era de 43,29% até o fechamento de ontem.

Falta liquidez ao mercado de câmbio, segundo operadores. O Brasil enviou uma missão ao FMI (Fundo Monetário Internacional) nesta terça-feira. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, chefia a missão. A visita brasileira foi acertada entre o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o diretor-gerente do FMI, Horst Koehler, e tem o objetivo de adiantar as negociações para um novo empréstimo ao Brasil.

As intervenções do Banco Central não vêm conseguindo frear a escalada do dólar. No início de julho, para tentar conter a disparada do câmbio, o Banco Central anunciou uma política de intervenções com a venda diária de US$ 50 milhões no mercado até o final do mês.

O BC revelou que fez na segunda e nesta terça vendas superiores a US$ 50 milhões no mercado de câmbio. O diretor de Política Monetária do BC anunciou que o banco manterá em agosto a política de intervenções, “de US$ 50 milhões ou mais” por dia, usando um total de US$ 1,835 bilhão.
Leia mais.

“O BC está simplesmente queimando as reservas. Porque nós sabemos que no fim não tem para fazer. Não é suficiente. Não há mais dúvida. O BC precisa desesperadamente de uma ajuda do Fundo Monetário Internacional. De-ses-pe-ra-da-men-te. Separando bem as sílabas”, afirmou a Paulo Henrique Amorim o economista Delfim Netto, no programa “Delfim Responde”.
Veja a entrevista de Delfim.

(Fonte: UOL)

Voltar ao topo