Dólar encerra o dia a R$ 1,861, em alta de 1,03%

O receio de contágio dos problemas no setor de crédito imobiliário subprime (de alto risco) nos EUA sobre outros segmentos da economia volta a afetar os mercados, levando as bolsas norte-americanas e européias à queda com migração dos investidores para a busca de proteção em títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries). Os preços dos títulos do Tesouro norte-americano estão em alta e os juros em queda. Por volta das 16h30, a Bovespa estava na mínima, em queda de 4,08% e o risco Brasil opera pressionado.

Tanto o dólar comercial, negociado no mercado interbancário, quanto o dólar à vista no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros terminaram o dia em alta de 1,03%, a R$ 1 861.

O leilão de compra de moeda do Banco Central esta tarde ajudou a sustentar as cotações, que também foram pressionadas após a atuação do BC por causa do aprofundamento das quedas das bolsas em Nova York e São Paulo. No leilão, o Banco Central comprou dólar à taxa de corte de R$ 1,8581. Segundo um operador, foram aceitas 11 propostas, de oito bancos. No total, 15 propostas tiveram suas taxas declaradas, que iam da mínima de R$ 1,8565 à máxima de R$ 1,860. Sete instituições não informaram as taxas.

Hoje, a aversão a risco foi alimentada pela maior fornecedora de empréstimos hipotecários para residências nos EUA, a Countrywide que informou queda de 33% no lucro registrado no segundo trimestre por causa do enfraquecimento da atividade no mercado imobiliário. Além disso, os investidores redobraram a cautela diante da agenda de indicadores dos EUA de amanhã, quando será divulgado o sumário das condições econômicas do país, preparado pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e três dirigentes do Fed falarão.

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