O dólar comercial terminou o último dia do primeiro semestre em queda de 1,32%, vendido a R$ 2,844, e assim completou o primeiro mês negociado abaixo de R$ 3 desde junho de 2002. No semestre, a baixa acumulada pela moeda norte-americana é de 24,6%. A segunda-feira reuniu os principais motivos que explicam a desvalorização do dólar desde o início do ano: recuo do risco-país, captações de empresas brasileiras no exterior, melhoria do desempenho das exportações do país e perspectiva de redução da inflação e de corte de juros.

Ontem o risco-Brasil voltou a ficar abaixo de 800 pontos. O indicador, que sinaliza para o investidor o risco que ele corre ao colocar seu dinheiro aqui, cai 1,86%, para 791 pontos. O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, é negociado a 88,063% do valor de face, com alta de 0,93%. A diminuição do risco, que tecnicamente mede a diferença entre a remuneração dos títulos do Tesouro norte-americano e os da dívida brasileira, é de quase 50% desde que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo.

A maior consequência prática disso é que as companhias nacionais têm encontrado melhores condições para obter empréstimos lá fora – leia-se juros menores -, e os dólares provenientes dessas captações suprem com folga as necessidades do mercado, derrubando as cotações da moeda norte-americana.

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