Dólar cai e risco-Brasil desaba mais de 3%

O dólar negociado entre os bancos completou ontem 14 dias abaixo dos R$ 3,00 e deve fechar hoje o mês de agosto com uma queda acumulada acima de 2%. Será o terceiro mês consecutivo de baixa. A divisa caiu 1,59% em julho e 3,22% em junho. Nesta segunda-feira, após iniciar os negócios sem tendência definida, a moeda norte-americana passou a cair com mais intensidade, ficando abaixo dos R$ 2,95.

O dólar fechou negociado, entre os bancos, por R$ 2,94, uma queda de 0,50% em relação ao preço de fechamento da última sexta-feira (R$ 2,955). Na mínima do dia, já saiu por R$ 2,936 (-0,64%). Na máxima, por R$ 2,961 (+0,20%).

O risco-Brasil, que mede o retorno dos títulos da dívida externa, recuava 3,23%, aos 508 pontos, menor patamar desde o dia 30 de janeiro (493 pontos). Voltaram os rumores de que o Brasil prepara uma nova emissão de títulos da dívida externa.

A forte queda do preço do barril de petróleo (de até 4,35%, cotado a US$ 41,30) também dá um alento aos investidores.

Mas a semana começou com uma notícia negativa de inflação, reforçando a avaliação de que o juro subirá no curto prazo. Antes da abertura do mercado de câmbio, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou que a inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) ficou em 1,22% em agosto. A fundação esperava uma taxa abaixo de 1%. Na última quinta-feira, a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sinalizou para uma alta iminente da taxa Selic.

A Bovespa operou ontem em alta de 1,21%, aos 22.869 pontos, e movimento financeiro de R$ 815 milhões.

Nos últimos três meses, o dólar entrou em uma tendência de baixa refletindo a volta das captações de recursos no exterior por empresas e bancos. Também contribuíram para o alívio nas cotações a maior entrada de divisas com o aumento das exportações e a avaliação de que os países emergentes, como o Brasil, não devem sofrer tanto com o processo de alta dos juros nos EUA.

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