O dólar renovou a máxima intraday no mercado à vista na manhã desta segunda-feira, 14, em R$ 4,1298 (+0,85%), após o dólar para novembro registrar a máxima em R$ 4,1350 (+0,56%). O ajuste ocorreu após o Banco Central ter anunciado a venda de apenas US$ 100 milhões no mercado à vista, ante oferta total no leilão de US$ 525,0 milhões.

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Assim, o BC voltará ao mercado com operação de swap cambial tradicional, às 11h30. Neste caso, a oferta será de até 8.500 contratos de swap tradicional (US$ 425 milhões).

“A venda do Banco Central foi parcial no leilão de hoje porque os participantes deste mercado sabem que pode ocorrer um fluxo forte de capital estrangeiro para o Brasil nas próximas semanas, em função de ofertas de ações e do leilão da cessão onerosa do pré-sal, e não vão comprar a qualquer preço do BC!, comenta Jefferson Rugik, diretor superintendente da Correparti.

A avanço do dólar ante o real ampliou-se também após o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, afirmar que os próximos passos das negociações com a China, após os dois países chegarem a um acordo preliminar na última semana, serão tratativas por telefone entre autoridades de baixo escalão nesta semana.

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Na próxima semana, de acordo com Mnuchin, as conversas retornam ao nível mais alto, com ligações com a participação dele e do representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e do vice-primeiro-ministro chinês Liu He. “Temos um acordo fundamental que está sujeito à documentação”, acrescentou.

Mnuchin reiterou, no entanto, que a elevação de tarifas americanas a importações chinesas prevista para 15 de dezembro pode entrar em vigor, caso um acordo não seja firmado até lá. Ele também reiterou que sanções à Turquia então “prontas” e só dependem do presidente americano, Donald Trump, para entrarem em vigor.

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Mais cedo, o dólar já subia, acompanhando o sinal predominante no exterior em relação a seus pares principais e a maioria das divisas emergentes ligadas a commodities em meio a preocupações renovadas com a desaceleração da economia global.

Os investidores adotam postura defensiva, após as exportações e importações da China em setembro mais fracos que o esperado. Além disso, a Bloomberg informou que Washington e Pequim podem vir a assinar um acordo parcial durante a reunião de cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, que ocorrerá no próximo mês no Chile, disse uma das fontes.

No Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve leve alta de 0,07% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O índice de atividade calculado pelo BC passou de 138,26 pontos para 138,36 pontos na série dessazonalizada de julho para agosto. Este é o maior patamar para o IBC-Br com ajuste desde janeiro deste ano (138,70 pontos). A leve alta do IBC-Br ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, que esperavam resultado entre -0,20% e +0,50% (mediana em +0,20%).

Na comparação entre os meses de agosto de 2019 e agosto de 2018, houve baixa de 0,73% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 142,10 pontos em agosto. Este é o pior resultado para meses de agosto desde 2017 (140,06 pontos). O indicador de agosto de 2019 ante o mesmo mês de 2018 mostrou desempenho abaixo do apontado pela mediana (-0,60%) das previsões de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast Projeções (-1,20% a +1,30% de intervalo).

Às 10h10, o dólar à vista subia 0,68%, aos R$ 4,1228. O dólar futuro de novembro estava em alta de 0,39%, em R$ 4,1285.