Dívida pública federal cresce em junho

O aumento de 12,78% da cotação do dólar em junho e a crise de confiança que se abateu sobre a economia tiveram um efeito bastante negativo sobre a dívida pública federal. Ela fechou o mês de junho em R$ 653,75 bilhões, ou seja, 2,25% (R$ 14,36 bilhões) maior do que em maio, de acordo com relatório divulgado hoje (17) pelo Banco Central e pelo Tesouro Nacional. A participação de títulos com rentabilidade atrelada à moeda americana passou de 30,29% para 33,15% do total, o maior índice desde a crise cambial de janeiro de 1999.

Além disso, com a instabilidade do mercado os prazos de vencimento da dívida mobiliária ficaram bem mais curtos. As operações de troca de títulos de prazo mais longo por papéis com vencimentos mais próximos, feitas para acalmar os investidores, acabaram reduzindo o prazo médio do estoque da dívida, que caiu de 35,12 meses para 32,86 meses.

De acordo com o documento, 32,67% do estoque da dívida vai vencer nos próximos 12 meses. Em maio, esses vencimentos de curto prazo significavam 27,76% do total. O volume de títulos que vencem até o final deste ano aumentou R$ 35 bilhões. A maior parte desse aumento – R$ 25,4 bilhões – veio com a troca de títulos que iriam vencer entre 2003 e 2006 por papéis com prazo de resgate ainda em 2002. Por conta de operações desse tipo, houve também uma elevação de R$ 10,8 bilhões nos vencimentos programados para 2003.

Voltar ao topo