Brasília – O saldo da dívida federal em títulos bateu novo recorde em outubro, chegando a R$ 717,9 bilhões, o que significou um crescimento de 1,4% em relação a setembro (R$ 707,74 bilhões). Os dados divulgados ontem mostram, por outro lado, que a dívida continuou o processo de melhora gradual em seu perfil, no sentido de que o risco de “explodir” diante de um choque externo está menor a cada mês.
Em outubro, o governo conseguiu resgatar liquidamente US$ 3,88 bilhões em papéis federais corrigidos pela variação cambial. Foi o maior volume do ano. Esse é o principal fator que explica a queda da participação dos papéis federais atrelados ao câmbio de 26,48% para 24,39%, o melhor dado desde março de 2001. Em setembro de 2002, no auge da crise pré-eleitoral, 40,67% da dívida era corrigida pelo câmbio. A valorização do real ante o dólar também contribuiu para uma queda de R$ 4,2 bilhões no saldo da dívida cambial.