Dirigente de banco italiano diz que sistema é “sólido”

O dirigente do Banco Monte dei Paschi (MPS), Alessandro Profumo, disse neste domingo que os bancos italianos são sólidos e que ele não vê nenhum sinal de corrida bancária no país. “Os bancos italianos detêm grande quantidade de bônus soberanos do governo italiano e alguns pensam que eles não serão pagos, mas se eles serão pagos, então são sólidos”, disse Profumo em entrevista exibida pelo canal estatal de televisão RAI Tre.

Ele deu o exemplo do banco que comanda, o Monte dei Paschi, frequentemente citado como o banco mais antigo do mundo e terceiro maior da Itália – como uma instituição cuja deficiência de capital depende apenas dos bônus que possui da dívida da Itália. “Os ? 3,2 bilhões de deficiência de capital identificados pela Autoridade Bancária Europeia dependem apenas dos bônus soberanos da Itália que nós detemos”, disse Profumo. Atualmente, o Monte dei Paschi detém ? 26 bilhões em títulos BTP do governo italiano, de dívida de longo prazo.

Profumo disse que todos os bancos italianos compraram esses títulos porque até setembro de 2011 essas compras não absorviam capital e o yield (taxa de retorno) era atrativo.

“As regras mudaram” ele disse, referindo-se às novas diretrizes da Autoridade Bancária Europeia, as quais não consideram mais esses títulos soberanos como livres de riscos. Profumo acredita que esse problema, que afeta os bancos europeus de uma maneira geral, será resolvido com a emissão dos eurobônus.

Contudo, embora se diga otimista a respeito da integração europeia, Profumo admitiu que o euro está em risco e disse ver uma probabilidade superior a 50% de que a Grécia abandone a moeda europeia. As informações são da Dow Jones.