Diretores do BC sinalizam com corte no juro básico

Novas afirmações feitas ontem por integrantes do Banco Central sinalizam que o juro básico da economia, que está em 26% ao ano, pode ser reduzido na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, marcada para 22 e 23 de julho. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem que “o Banco Central está baseando suas ações na convergência para o centro da meta de 2004”, que é de 5,5%. Isso abriria espaço para um novo corte no juro, já que a autoridade monetária tem mais tempo para atingir a meta de inflação.

Meirelles falou durante a cerimônia de posse do novo diretor de Política Econômica do Banco Central, Afonso Bevilaqua, que assumiu no lugar de Ilan Goldfajn. Já Bevilaqua, ao ser questionado sobre a possibilidade de uma redução no juro, disse que “tudo indica que o ambiente macroeconômico está mudando, ficando mais positivo”. Ele ressaltou, porém, que a decisão é do Copom.

O novo diretor do BC defendeu, em seu discurso, o regime de metas de inflação e disse que o sistema é hoje um dos mais utilizados no mundo.

A emoção marcou a transmissão de cargos no BC. Tanto Ilan como Bevilaqua choraram durante os discursos.

Ilan, ao deixar o cargo, disse que teve uma experiência rica ao atuar na política monetária e que agora há avanços importantes no corte de gastos nas reformas tributárias e da Previdência.

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, também presente à cerimônia, elogiou a transição de cargos no Banco Central e citou o nome do ex-presidente do BC, Armínio Fraga.

“Acredito que recebemos de [Armínio] Fraga uma equipe extremamente competente”, disse Palocci. “Trocamos a roda do carro com o carro andando”, acrescentou o ministro.

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