Diretor do ONS descarta racionamento de energia

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afastou qualquer possibilidade de haver falta de energia neste ano. As chuvas dos últimos meses, de acordo com Chipp, conseguiram atingir um nível de segurança nos principais reservatórios do País. Essa condição, aliada à retração do consumo por conta do cenário econômico, alivia a pressão sobre a geração de energia.

“Estamos tranquilos quanto ao suprimento de energia. Não teremos problemas no abastecimento”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo. Apesar do cenário positivo, Chipp disse que o ONS continuará a adotar medidas locais para garantir o abastecimento. A partir deste próximo fim de semana, disse, deve ter início uma operação de teste a com vazão reduzida no Rio São Francisco. O objetivo é preservar ao máximo possível o volume de água acumulado no reservatório de Sobradinho. Principal caixa d’água da região Nordeste e segundo maior do País em volume de água – só atrás do reservatório de Serra da Mesa – Sobradinho tem hoje apenas 20% do volume total que poderia acumular. Um ano atrás, esse índice chegava a 52% da capacidade total.

Apesar do cenário crítico do reservatório baiano, Hermes Chipp disse que a situação está sob controle. “Sobradinho não é mais problema. Estamos conseguindo avançar, com a articulação entre todos envolvidos, trabalhando proativamente. Neste momento, já estamos fazendo testes com a vazão reduzida de 950 metros cúbicos por segundo e devemos reduzi-la para 900 metros cúbicos a partir do próximo dia 13”, comentou Chipp.

Usinas térmicas

Apesar da garantia de suprimento energético durante o período seco do ano – maio a novembro – o ONS deverá manter o acionamento das usinas térmicas para preservar as principais hidrelétricas do País. Nesta semana, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne os principais agentes do setor, afirmou que um total de 2.521 megawatts (MW) de energia elétrica foram adicionados ao parque nacional de geração entre janeiro e o início de junho, o que equivale a quase 40% da capacidade instalada nova prevista para 2015. Para o ano, a meta é adicionar 6.410 MW. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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