Dilma defende programa para aeroportos

O crescimento no número de passageiros do transporte aéreo e o programa do governo para a melhoria dos aeroportos brasileiros foram tema desta segunda-feira da presidente Dilma Rousseff no programa semanal de rádio “Café com a Presidenta”. “Com o aumento da renda da população nos últimos anos, cada vez mais brasileiros estão viajando de avião, seja, para conhecer o Brasil, para fazer negócios, para visitar a família e também para passear no exterior”, afirmou Dilma.

A presidente lembrou que, nos últimos dez anos, o movimento nos aeroportos brasileiros mais que dobrou. Citou que, no ano passado, esse fluxo chegou a 180 milhões de passageiros. No entanto, Dilma lembrou que, diante desse crescimento, é preciso investir na ampliação e na modernização dos aeroportos. Por isso, justificou, foi lançado em dezembro, pelo governo federal, um programa para melhorar a estrutura aeroportuária do País.

A presidente defendeu no programa de rádio que não apenas grandes cidades tenham aeroportos eficientes, mas também as pequenas e médias do interior. “Por isso, uma das principais medidas desse programa é o investimento de R$ 7,3 bilhões que vamos fazer em 270 aeroportos regionais”, disse. Dilma ressaltou que o governo quer aumentar o número de rotas e melhorar a qualidade dos serviços oferecidos no interior. “Isso é muito importante para garantir o desenvolvimento regional e a mobilidade da população, inclusive de quem vive em locais mais distantes dos grandes centros, como todas as comunidades da Amazônia Legal”, argumentou.

O governo incentivará os voos regulares nos aeroportos regionais e a criação de novas rotas. “Decidimos que os aeroportos que estão fora das capitais e que movimentem até 1 milhão de passageiros por ano não vão mais cobrar as tarifas aeroportuárias, que são as chamadas tarifas de embarque”, disse. “Outra medida importante é o subsídio, a ajuda que o governo vai dar para implantação e manutenção das rotas regionais”, afirmou a presidente. Ela explicou que, em algumas regiões, a passagem fica muito cara, mas, se a linha for considerada importante, o governo ajudará a cobrir o custo do voo. “O governo vai pagar até a metade dos assentos vazios, limitado a 60 assentos por aeronave”, explicou.

De acordo com Dilma, nos grandes aeroportos do País, o governo federal está fazendo investimentos não apenas por meio da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Ela citou as parcerias com o setor privado, como no caso das recentes concessões dos terminais de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e de Brasília. “Agora nós pensamos em fazer esta mesma parceria em dois aeroportos: Galeão e Confins. Esses leilões, tanto do Galeão, no Rio, como o de Confins, em Belo Horizonte, serão feitos em 2013 e as empresas vencedoras deverão investir em torno de R$ 11 bilhões neles”, defendeu a presidente. Para essas novas concessões, Dilma destacou que o governo exigirá que as empresas tenham experiência de gestão em grandes aeroportos.