Dia tranqüilo no mercado. BC compra e dólar sobe

São Paulo  – A segunda-feira foi tranqüila e de poucos negócios no mercado de câmbio, onde o dólar comercial fechou em alta de 0,38%, cotado a R$ 2,838 na compra e R$ 2,840 na venda. A leve valorização contou com a liquidez reduzida pelo feriado nos Estados Unidos e com um leilão de compra de dólares promovido pelo Banco Central (BC). No mercado futuro de juros, o destaque foi a expectativa pela definição dos juros básicos da economia.

O feriado americano, em homenagem a Martin Luther King, tirou de cena a bolsa de Nova York e os negócios com títulos da dívida externa brasileira. Sem a presença dos bancos americanos, não chegaram ao Brasil recursos com liquidação imediata (D+0), como os empréstimos e aportes de capital. A ausência do mercado americano favoreceu a pressão sobre o dólar desde a abertura dos negócios. A tendência foi reforçada pelo leilão do BC, que comprou recursos por até R$ 2,838.

Com o leilão de ontem, já são três as operações de compra do BC no mercado à vista, desde o dia 8. De lá para cá, as reservas cambiais ficaram praticamente inalteradas. Já a cotação do dólar apresenta baixa de 0,70%, graças aos ingressos de recursos externos ao país, via captações externas e exportações.

As projeções dos juros, negociadas no mercado futuro fecharam em alta na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Os investidores operam em clima de expectativa em torno da definição dos juros básicos da economia, a ser determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Com o temor de repiques inflacionários, diminuíram as apostas em um corte de 1 ponto percentual na taxa, hoje de 16,50% ao ano.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de fevereiro, que projeta os juros deste mês, terminou o dia em 15,87% ao ano, contra 15,86% do fechamento de sexta-feira. O DI de julho, o mais negociado, passou de 15,22% para 15,29% anuais. O vencimento de janeiro de 2005 ficou em 15,16% ao ano.

Bolsa

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou em alta de 1%. Foi o segundo pregão consecutivo de ganhos. No mês, o Ibovespa acumula alta de 5,1%.

Prevaleceu o clima de expectativa em relação à reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que divulga amanhã sua decisão sobre os juros básicos da economia, atualmente em 16,5% ao ano.

Um dos destaques do dia foi a ação ordinária da Cemig que teve a maior queda do Ibovespa. O papel registrou uma baixa de 3,5%, a R$ 35,50 o lote de mil.

Já a ação preferencial da TCO (Tele Centro Oeste Celular) liderou os ganhos do dia, com alta de 3,9%, a R$ 10,95 o lote de mil. As ações preferenciais da AmBev ficaram entre as dez mais negociadas, com alta de 1,52%, a R$ 723 o lote de mil, após notícia de que suas marcas de cerveja recuperaram espaço em dezembro após três meses consecutivos de queda na participação de mercado (“market share”) e que a Nova Schin, principal concorrente, parou de crescer.

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