Desemprego subiu para 7,8% na RMC em janeiro

A taxa de desemprego ma Região Metropolitana de Curitiba (RMC) passou de 6,4% em dezembro para 7,8% em janeiro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada ontem pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso significa que o número de desempregados passou de 84 mil para 103 mil pessoas, um incremento de 22,9%. É a segunda divulgação com a nova metodologia do IBGE, que estendeu o período de procura de emprego de 7 para 30 dias, reduziu a idade mínima de 14 para 10 anos e incluiu novas perguntas no questionário.

A economista Sachiko Araki Lira, diretora do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, comentou que a elevação do nível de desemprego é normal em janeiro, influenciada pelo fim das contratações temporárias de final de ano. Mesmo assim, o índice de desemprego da RMC foi o menor entre as sete capitais pesquisadas pelo IBGE, atrás de Salvador (15,2%), São Paulo (13%), Recife (11,7%), Rio de Janeiro (11,3%), Belo Horizonte (9,8%) e Porto Alegre (7,9%). A média brasileira foi 11,2%. Sachiko prevê tendência de aumento da taxa de desemprego até março ou abril.

De acordo com a pesquisa, feita em 4,2 mil domicílios da RMC, a população em idade ativa cresceu 0,5% em relação a dezembro, totalizando 2,214 milhões de pessoas. No mesmo período, a população economicamente ativa aumentou 0,2%, somando 1,318 milhão. Já a população ocupada ficou 1,4% menor. Com o fechamento de 17 mil vagas, foi estimada em 1,215 milhão. A população não economicamente ativa (em idade ativa, porém que não trabalharam nem procuraram emprego nos últimos 30 dias) teve acréscimo de 9 mil pessoas (1,0%), chegando a 896 mil. A taxa de atividade, que indica a proporção de pessoas voltadas para o mercado de trabalho, caiu de 59,7% para 59,5%.

Setores

Entre os grupos de atividades, o maior aumento de vagas (18 mil) ocorreu em “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados para empresas”, com alta de 14,1% na ocupação, seguido de “administração pública, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (16 mil), com variação de 9,7%. Foram abertos 3 mil postos de trabalho em outros serviços. Nos demais setores, houve redução de empregos: construção civil (-32 mil), “comércio, reparação de veículos e de objetos” (-9 mil), “indústria extrativa e de transformação, e produção e distribuição de eletricidade, gás e água” e serviços domésticos (-5 mil cada), e outras atividades (-4 mil).

Dos ocupados, 864 mil (71,1%) eram empregados, sendo 567 mil (46,6%) com carteira e 223 mil (18,4%) sem carteira. No mês passado, havia 251 mil trabalhadores por conta própria, 94 mil empregadores e 6 mil não remunerados. No grupo de 1,215 milhão de ocupados, 78 mil foram considerados subocupados por trabalharem menos de 40 horas semanais e 57 mil tinham rendimento inferior ao do salário mínimo por hora.

Entre os economicamente inativos, 61 mil estavam marginalmente ligados à PEA (que faziam parte da PEA na pesquisa anterior, mas não procuraram emprego em janeiro), 175 mil gostariam de trabalhar e estavam disponíveis e mais 30 mil gostariam, mas não estavam disponíveis. Entre os não-economicamente ativos e desocupados, 143 mil saíram do último trabalho no período de 365 dias. No grupo de desempregados, 51,7% procurou emprego de 31 dias a 6 meses, 27,8% até 30 dias, 12% de 7 a 11 meses e 8,5% de um a dois anos.

Rendimento

De novembro para dezembro, o rendimento real dos ocupados subiu 9,7%, de R$ 854,77 para R$ 937,30. No setor privado, o rendimento médio foi de R$ 830,90, enquanto no setor público foi de R$ 1.373,60. A RMC apresentou o segundo menor rendimento real em dezembro, atrás de São Paulo (R$ 1.240,40). O menor foi o de Recife (R$ 668,90).

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