A taxa de desemprego voltou a atingir em abril o menor patamar para o mês da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), iniciada em março de 2002. No entanto, a desocupação em 6,0%, após um resultado de 6,2% em março, ainda não significa que o mercado de trabalho voltou a contratar, afirmou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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“Embora a gente tenha tido uma queda de 75 mil pessoas na desocupação, esse número não varia estatisticamente”, declarou Azeredo. “O mercado está parado, significa que deixou de dispensar trabalhadores.” Segundo o gerente do IBGE, o crescimento de 63 mil pessoas na população ocupada, um aumento de 0,3% ante março, não é significativo em razão da margem de erro da amostra.

“É uma pesquisa feita por amostra, a gente tem um erro embutido na pesquisa. Então a variação não é significativa”, afirmou Azeredo. “Houve uma tendência de mostrar que a desocupação está começando a ceder, então a ocupação está começando a subir. Mas, estatisticamente, não podemos dizer que o mercado começou a contratar.”

A população desocupada caiu 2,5% em abril ante março, o que significa que 38 mil pessoas deixaram de procurar trabalho. A boa notícia é que a ocupação subiu acima do crescimento da população. Enquanto a ocupação subiu 0,3% em abril ante março, a população com 10 anos ou mais de idade aumentou 0,1%. Na comparação com abril de 2011, houve aumento de 1,8% na população ocupada e crescimento de 1,2% na população com 10 anos ou mais de idade.

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“A ocupação está subindo acima da população em idade ativa, ou seja, está entrando mais gente no mercado de trabalho do que tem gente nascendo”, disse o gerente do IBGE. “Isso é um bom sinal.”