Desemprego já cresceu 21,7% em doze meses

A taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país ficou em 12,9% em outubro, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa é a mesma taxa registrada no mês anterior. Em agosto, o desemprego atingira 13%, repetindo o recorde registrado em junho. Analistas esperavam que em outubro a taxa caísse devido às contratações para as vendas de fim de ano.

Segundo o IBGE, eram 2,766 milhões desempregados no país, o que significou uma queda de 0,5% em relação a setembro e um aumento de 21,7% na comparação com outubro do ano passado.

Já o contingente de pessoas ocupadas correspondeu a 18,63 milhões, o que representou uma queda em relação a setembro, quando havia 18,704 milhões de pessoas trabalhando. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve um crescimento de 3,1%.

O grupo dos trabalhadores sem carteira assinada caiu 2,5% enquanto os com carteira aumentou 0,7% em relação a setembro. O número de trabalhadores por conta própria caiu 0,8%.

A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) é feita nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.

Renda

A renda do trabalhador encolheu pela décima vez consecutiva em outubro. Na comparação com o igual mês do ano anterior, houve uma queda de 15,2%.

A redução do rendimento real significou uma perda de mais de meio salário mínimo (0,6) nos últimos 12 meses.

Em termos nominais, cada trabalhador recebeu, em média R$ 831,10, o equivalente a 3,5 salários mínimos.

Em relação a setembro, a renda de quem trabalhou caiu 0,7%.

Os mais atingidos foram os trabalhadores por conta própria (aqueles que não têm empregados ou patrão), cuja renda caiu 22,1% em relação a outubro de 2002.

Os empregados com carteira assinada e sem carteira assinada tiveram sua renda diminuída em 10,6% e 5,1%, respectivamente.

Entre as regiões pesquisadas, o Rio registrou a maior redução de renda, de 19,1%. Em São Paulo, a renda caiu 15,3%.

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