O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou, no primeiro trimestre de 2019, R$ 14,48 bilhões para empréstimos já aprovados, uma alta nominal (sem descontar a inflação) de 30% ante igual período de 2018. As aprovações de novas operações (R$ 9,9 bilhões) recuaram 38% em termos nominais. As consultas por empréstimos, primeiro passo do processo de pedido junto ao BNDES, que serve como termômetro do apetite por crédito para investir, ficaram em R$ 8,34 bilhões no primeiro trimestre, tombo de 41%.

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A alta dos desembolsos foi puxada por empréstimos para a infraestrutura, que receberam R$ 6,96 bilhões, avanço nominal de 71% ante o primeiro trimestre de 2018. “O crescimento no crédito para infraestrutura foi puxado pelos setores de energia elétrica e transportes”, diz a nota divulgada pelo BNDES.

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Também subiram os valores liberados para financiamentos destinados à agropecuária (R$ 3,54 bilhões, com alta nominal de 30%) e à indústria (R$ 2,59 bilhões, com alta nominal de 51%). Na contramão, os empréstimos para “comércio e serviços”, que, assim como a indústria, concentram o crédito corporativo no BNDES, minguaram para R$ 1,39 bilhão em desembolsos no primeiro trimestre, uma queda nominal de 48% ante o valor liberado nos três primeiros meses do ano passado.

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Apesar do foco nas empresas de menor porte, houve aumento na participação das grandes empresas no total desembolsado pelo BNDES no primeiro trimestre. As grandes empresas ficaram com R$ 8,23 bilhões, ou 56,8% das liberações totais, uma alta nominal de 61% ante o primeiro trimestre de 2018. Já as micro, pequenas e médias empresas (MPME) receberam R$ 6,25 bilhões, ou 43,2% dos desembolsos, uma alta de 3% na mesma base de comparação.