Demanda faz crescer produção orgânica do Paraná

A produção de orgânicos no Paraná saltou de 4.365 toneladas na safra 1996/97para 52.270 toneladas na safra 2002/03. Do total produzido, 15 mil toneladas correspondem produção de açúcar mascavo, e 12 mil toneladas de soja orgânica. Outros produtos também têm destaque nessa produção, como as hortaliças, frutas, arroz e feijão, e juntos movimentaram R$ 60 milhões. Apesar desses resultados, a agricultura orgânica corresponde a apenas 1% da agricultura do Estado.

Encontrar alternativas para estimular a produção e o consumo dos produtos agroecológicos é um dos objetivos do encontro BioFach América Latina – Paraná, que começou ontem, e segue hoje, no Parque Newton Freire-Maia, em Pinhais. O evento é preparatório para a maior feira de comercialização de orgânicos do mundo, que ocorre no Rio de Janeiro, em setembro. A BioFach é realizada anualmente nas cidades de Nüremberg (Alemanha), Tóquio (Japão), Washington (Estados Unidos), além do Rio de Janeiro. A edição paranaense está reunindo representantes do Codesul – Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul -, e de países do Mercosul – Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina – além de Chile e Bolívia.

De acordo com o coordenador do Centro de Agroecologia do Paraná e um dos organizadores do evento, Airton Brizola a proposta é ampliar as discussões sobre os produtos orgânicos na América Latina, e de forma ela pode ser viabilizada para pequenos e médios agricultores. No Paraná, segundo Brizola, ainda é preciso enfrentar alguns problemas, como a constância e qualidade dos produtos, equalizar a oferta e procura, ampliar as pesquisas e resolver as implicações da certificação dos produtos. Segundo ele, o Brasil ainda está evoluindo na questão dos alimentos agroecológicos, enquanto em outros países esse segmento já conquistou o mercado. A produção mundial de orgânicos movimentou US$ 27 bilhões na safra de 2002/03. A expectativa é que ela chegue a US$ 100 bilhões em 2006/07.

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